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segunda-feira, 24 de julho de 2017
Subida ao Vulcão Lascar
Trecho da subida ao Vulcão Lascar
Depois de passeios incríveis, faltava uma dose de aventura para completar nossa experiência no Atacama. Propositalmente, essa etapa foi deixada para o final para que pudéssemos ter uma melhor aclimatação ao longo dos dias anteriores.
O vulcão possui 5.592 metros de altura e está localizado a cerca de 70 quilômetros ao sudeste de San Pedro de Atacama, perto da fronteira com a Argentina, sendo um dos vulcões mais ativos do Chile. Em outubro de 2015, por exemplo, emitiu uma coluna de fumaça de 2500 m de altura e a grande erupção de 1993 fez com que as cinzas chegassem até Porto Alegre, a 1800 Km de distância.
Vulcões Lascar (esquerda) e Águas Calientes (Direita)
Nosso dia começou bem cedo, por volta das 05:30, quando o carro da Ayllu Atacama chegou, com nosso já conhecido guia Daniel e outro brasileiro que já havia estado conosco no Geiseres El Tatio, o Ricardo Jacob. Seguimos sonolentos, no escuro da madrugada até a Laguna Lejía, a cerca de 100 Km de San Pedro, onde tomamos o café da manhã a uma temperatura por volta dos -5ºC.
A beleza estonteante da Laguna Lejía.
Bem agasalhados
Café da manhã
Tomamos o desayuno, procurando beber uma boa quantidade de líquidos e seguimos de carro até a base do vulcão, onde apanhamos os bastões de caminhada, mochilas com lanches e bebidas para iniciarmos a subida.
Rosana em primeiro plano, na subida
Pouco a pouco, vamos ganhando altura
Enquanto estávamos em movimento o calor da atividade aliviava o frio, mas bastava parar para descanso que a sensação térmica caía bastante. A jaqueta vermelha que o Daniel trouxe da Ayllu para me emprestar foi excelente.
A visão das imensidões do Atacama. Lá embaixo, os carros estacionados
Parada para descanso.
Selfie feita pelo Daniel, nosso Guia.
E assim fomos subindo, pasito a pasito, suave suavecito, como requer toda caminhada em altitude, curtindo todo o visual das montanhas. Ritmo tranqüilo para chegar bem.
Ao todo, a subida durou 3 horas entre terreno pedregoso e neve, até chegar à borda da grande cratera fumegante. Além da alegria em cumprir um desafio, a satisfação de chegar bem, sem nenhum efeito maior além do cansaço normal. O desempenho, aliás, me deu mais confiança para encarar o Huayna Potosi (assunto para outro post).
Comemorando a chegada
Fazendo as marcações no GPS, com Rosana na vibração
Mais uma montanha prá conta do Aventura Mango !
Visão da cratera com as fumarolas sulfurosas
Passamos pouco tempo no local. O frio e vento intensos, aliados às emanações do vulcão não recomendam demorar muito. Fizemos as fotos, comemoramos e colocamos os capacetes para a descida.
A descida demorou um pouco mais que esperávamos. Além do gasto de energia para a subida, o terreno com muitas pedras soltas faz com que a gente vá com mais cuidado e, mesmo assim, tivemos alguns escorregões - felizmente, nada sério. Daniel e Ricardo foram na frente e eu fui com Rosana. Já perto da chegada ao carro, nosso atencioso guia subiu para dar mais um apoio. Final feliz para uma ótima aventura.
Rosana iniciando a descida
Percurso que fizemos. Em amarelo, o percurso de carro. Em azul, no destaque, a caminhada até a cratera
Vídeo
Dicas e informações adicionais
Lascar significa "língua", em quéchua
A altitude final, na borda da cratera é 5.500m. O cume fica à direita, com mais 92 m
É importante levar os bastões de caminhada. Em nosso caso, foram providenciados pela Ayllu Atacama, que também levou oxigênio e telefone por satélite, para o caso de alguma emergência.
Vá preparado para frio intenso, leve óculos de sol e use protetor solar
Joca
ResponderExcluirNessa viagem, vc sentiu a ausência de algum equipamento? O que vc alteraria se fosse fazer essa subida novamente?
Não senti falta de nenhum equipamento e não alteraria em nada o que fizemos. Tudo funcionou corretamente :)
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