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Salar de Tara |
Depois de 4 dias no Atacama, já havíamos realizado vários passeios magníficos:
Valle de La Muerte e Valle de La Luna,
Lagunas Altiplânicas e Piedras Rojas,
Gêiseres El Tatio,
Valle del Arcoiris e Yerbas Buenas. Entretanto, parece que a região sempre guarda mais surpresas (sim, mesmo que você já tenha visto algum relato antes, sempre será uma surpresa ao vivo, com frio e em cores).
Começamos o dia com um café-da-manhã no restaurante da
Ayllu Atacama e aguardamos o veículo que nos levaria por cerca de 150 Km até o Salar de Tara.
Saindo de San Pedro, nossa primeira parada foi na rodovia para fazer fotos do Licancabur, a essa altura nosso "velho conhecido". O ângulo e as cores, entretanto, fizeram destas as melhores fotos deste vulcão.
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Licancabur |
Seguimos em frente pela estrada que corta as imensas áreas desérticas, sempre subindo - É bom lembrar que o Salar de Tara fica a 4500 m de altitude. Nessa hora, você pensa: só a viagem já valerá a pena.
A segunda parada é próxima à Laguna Quepiaco, próximo à Ruta 27, de onde se avista o Cerro Simba. A esta altitude (4600m) o frio já estava bem intenso.
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Laguna Quepiaco |
Daí seguimos até a área dos Moais de Tara, também chamados de Monges de La Pacana. São imensas estruturas rochosas que vão lembrando figuras, das quais a mais conhecida é "El Indio".
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Reparem a comparação da altura do totem com as pessoas |
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De outro ângulo, já não se parece com um índio |
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De acordo com o guia, este é o Pablo Neruda de perfil |
Neste local, apareceu uma raposa curiosa e provavelmente mal acostumada com comidas dadas por turistas. Ficou rondando o local durante o tempo em que estivemos por lá.
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Rondando e esperando alguma comida |
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Foto de Rosana Freitas |
Dezenas de fotos foram feitas e a vontade de explorar as formações rochosas teria nos deixado por muito mais tempo no local. Contudo, precisávamos seguir até o destino final do passeio. O carro segue pelas dunas de areia e pela imensidão do deserto até chegar a um mirante de onde se tem a mais bela vista do Salar, com as chamadas Catedrais de Tara à esquerda:
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Fantástica visão do Salar. Para se ter uma idéia das dimensões, percebam o carro branco na parte inferior da foto (clique para ampliar) |
Passamos um tempo fotografando e admirando a paisagem e depois seguimos para o Salar. Ao lado das Catedrais, descemos do carro e caminhamos o trecho que faltava até o estacionamento. Impressionante ver como a natureza consegue ser bela em uma região de condições extremas.
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Rosana caminhando ao lado do Salar |
Sem fugir do excelente padrão de serviços da Ayllu Atacama, almoçamos ao ar livre com uma visão magnífica à nossa disposição
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Turma de brasileiros e o excelente almoço |
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Percurso |
Pukará de Quitor
Na volta a San Pedro, por volta das 16:30, ainda sobrou tempo para mais uma rápida visita nas imediações. Alugamos bikes no Hostal Matty e seguimos para o Pukará de Quitor, distante apenas 3 Km da cidade.
O Pukará de Quitor foi uma fortaleza, construída em um local elevado de onde se tem uma visão privilegiada das redondezas, ao lado do Rio San Pedro. Atualmente, ainda mantém seu traçado com muros e paredes de pedra e é administrado pela Comunidade de Lickanantay.
Na entrada deste Sítio Arqueológico há um local para deixar as bikes devidamente presas por cadeados e é necessário pagar uma taxa de 3000 pesos chilenos por pessoa (aproximadamente 15 reais em abril de 2017). O percurso é autoguiado, sendo preciso atentar para o horário de fechamento. Como chegamos tarde, não foi possível percorrer todo o local, mas a visita foi suficiente.
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Do alto do sítio arqueológico, uma bela visão da região |
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Detalhe dos muros e paredes |
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Pukará de Quitor |
(*) Tivemos descontos da Ayllu Atacama para o blog
Curiosidades
- Tara significa nidificação de flamingos
- O Salar de Tara se encontra na Reserva Nacional Los Flamencos, em uma área que os geólogos chamam de Caldeira de Vilama, formada por erupção do Vulcão Vilama.
- O primeiro confronto com os espanhóis no Pukará de Quitor ocorreu em 1536, com vitória dos habitante locais. Em 1540, contudo, uma expedição de Pedro de Valdívia e Francisco Aguirre conseguiu tomar o controle da fortaleza e mandou decapitar 300 soldados atacamenhos, razão pela qual o lugar também é conhecido como "El pueblo de las cabezas".
Dicas
- Não há banheiros durante todo o percurso até o Salar de Tara
- Não há pagamento de taxas de entrada para o Salar de Tara
- Não se esqueça de levar e tomar bastante água, mesmo não tendo sede
- Proteja-se para o frio, use protetor solar e óculos escuros.
- À tarde, a área do Pukará de Quitor fica com sombras. Bom para visitar, mas difícil para fotografias
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