quarta-feira, 21 de março de 2012

Purificação de água


Essencial à vida, a hidratação correta é um dos mandamentos do Turista de Aventuras.

Porém, à exceção de atividades de curta duração (onde podemos carregar um volume adequado) ou em áreas que contem com uma boa infra-estrutura de apoio, quase sempre teremos que contar com os recursos hídricos disponíveis ao longo dos percursos, como rios e lagos.

A disponibilidade de água nos percursos é um verdadeiro presente que permite, por exemplo, reduzir a carga transportada, além de propiciar uma maior interação com a natureza. Por outro, traz um sério risco à saúde, uma vez que muitas doenças são transmitidas através de águas contaminadas, tais como a cólera, amebíase, giardíase, hepatites A e E, diarréia, febre tifóide e paratifóide. Não são raros os relatos de viajantes que tiveram problemas com a ingestão de água contaminada.


Usando o filtro LifeStraw
Até em regiões de altitude elevada, como o K2 e Everest, o problema existe. Alpinistas relatam os cuidados para evitar utilizar neve contaminada com dejetos para derreter e obter água.

A solução, portanto, é purificar a água coletada antes de beber. Podemos identificar 4 tecnologias principais que, isoladamente ou em conjunto, são usadas pelos praticantes de atividades de aventura: calor, filtros, agente bactericidas e uso de radicação Ultravioleta (UV):

Tipo Exemplos
Calor Fervura
Químicos


Hidrosteril (Hipoclorito de sódio 2,5%, Cloreto de sódio 1% http://www.saggiodobrasil.com.br/
Clor-in (Dicloro-S-Triazinetione de Sódio)  http://www.clorin.com.br/

Iodo (Tetraglycine Hydroperiodide) http://coghlans.com/Drinking-Water-Specs.pdfhttp://coghlans.com/Drinking-Water-Specs.pdf
Físicos (filtração)
Katadyn
http://www.katadyn.com/
Lifestraw
http://purificador.lifestraw.com.br/
Radiação UV
Steripen
http://www.steripen.com/
SODIS (solar disinfection)
http://www.sodis.ch/index_EN

Atualmente eu prefiro usar o Clor-In (que, inclusive, faz parte do meu "kit perrengue"), o LifeStraw (ver review aqui no blog) e mais recentemente, o Mini Sawyer.



Não há justificativa, portanto, para beber água sem purificá-la. Mesmo que um guia diga que é potável, pode ter ocorrido alguma contaminação à montante do ponto de consumo sem que se saiba (dejetos ou animais mortos, por exemplo). Devemos nos lembrar que uma água límpida não é necessariamente sinônimo de água potável.

Para saber mais:

Mate a sede com saúde - artigo de Karina Oliani para a Revista Go Outside
Tornando a água potável (e outras coisas) - artigo de Davi Marski
Purificação da água via Luz Ultravioleta - Clube dos Aventureiros
Guidelines for Drinking-water Quality - 4ed. - Manual da Organização Mundial da Saúde

2 comentários:

  1. Ótimo post,pouca gente atenta pra isso!!
    Abçs!

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  2. Olá tudo bem?
    Só queria dar os parabens pelo blog, a um bom tempo leio mas nunca comento sei la por que.
    se der da uma divulgada no meu blog.

    http://feijaodelatinha.blogspot.com.br

    abraços

    ResponderExcluir

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