segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Kilimanjaro: retorno pela rota Marangu


Horombo Hut

Kilimanjaro
Visão do Kilimanjaro, durante
a ida para o Horombo Hut
Concluímos o post anterior com a descida, digamos, intensa, de todo o desnível que havíamos conquistado desde o School Hut até o Uhuru Peak. Neste retorno, seguimos para o Kibo Hut, que fica a 4703m de altitude e é o último acampamento antes da subida ao cume, para quem vai pela rota Marangu.

Aliás, esse é um dos pontos positivos da Rota Rongai. Subimos por um lado e descemos por outro, o que nos permite ver outras paisagens. Ótimo…mas isso tem um preço. Havíamos acordado às 22:00 do dia 31/08, saímos para o topo às 00:30 e só às 12:30 chegamos no Kibo Hut. Desabei enquanto esperava a pequena pausa de 60 minutos para almoço.



Kibo1
Barracas no Kibo Hut

Terminada a refeição, seguimos para o acampamento onde dormiríamos. Caminhamos pela área desértica (“The Saddle”) e agora não precisávamos caminhar devagar, pois estávamos na descida e o corpo só ganha com as altitudes mas baixas, mas o cansaço vai determinando o ritmo lento.

The Saddle
Visão do Mawenzi
The Saddle
The Saddle
Irregular
Trechos irregulares

Para complicar, muitos trechos de descida são irregulares, com pedras soltas, o que força o joelho e os dedos dos pés contra o bico da bota. Aqui o bastão de caminhada ajuda um bocado. Reconforta muito saber que atingimos o objetivo, fato relembrado por alguns caminhantes que nos perguntam se havíamos chegado lá em cima e respondem “congratulations”, “good job”. Muito legal esse sentimento compartilhado por quem nem conhecemos.


Horombo
Horombo Hut
Às 18:00, após 20 horas acordados e 17 horas de atividades, chegamos ao Horombo Hut. Neste campo há vários chalés, que devem ser previamente reservados para uso. Continuamos em nossa conhecida barraca amarela. Reunimos forças para um banho rápido e desabamos. Mal comemos uma sopa e foi só. Não importou a barraca mal posicionada em terreno meio inclinado, nem o chão com pedrinhas (o que nos obrigou a forrar embaixo dos isolantes térmicos). Apagamos.
Kilimanjaro
A grande montanha acena em despedida

Mandara Hut

Equipe
Equipe valorosa
Acordamos cedo e tomamos nosso último café da manhã na trilha, arrumamos a tralha e aproveitamos para fotografar nossa equipe. Foram 10 pessoas que trabalharam duro e nos atenderam muito bem nas várias tarefas exigidas para a logística dos sete dias de viagem no Parque Nacional do Kilimanjaro. Fantástico.

Coca-colaContinuamos a descida para o ponto de partida da Rota Marangu. Aqui a vegetação retorna e a floresta toma lugar, em trilhas bem demarcadas. No caminho, encontramos aqueles que estão subindo, em passo lento e pensamos: "já passamos por isso".

Vamos em um ritmo bom e encontramos a "ambulância" do Kilimanjaro - uma maca equipada com um pneu e amortecedores. No dia anterior havíamos visto uma delas em ação, transportando um turista. Logo chegamos ao Mandara Hut, também equipado com chalés. Almoçamos e tomamos um refrigerante para manter o registro: a Rota Marangu também é chamada de “rota coca-cola”.

SamuKili
“Ambulância”
Mandara Hut
Mandara Hut

ParaMandara1
Uma bela floresta no caminho
ParaMandara2
Daí em diante, o caminho foi tranqüilo. Chegamos ao portão de entrada da rota – o Marangu Gate, onde fizemos o registro final e recebemos nossos certificados de conclusão da subida ao ponto mais alto de África. Uma aventura inesquecível.

HansMeyer
Hans Meyer - primeiro europeu a subir o
Kilimanjaro
Checkout
Fila para o check out e certificado
Evolução da aventura. À direita, o registro das marcações com o rastreador Spot
Certificado Gilmans Point

Certificado Uhuru Peaak
Outros posts da série:

5 comentários:

  1. Fantástico! Muito interessante o relato. Percebi que o sucesso da conquista decorreu de sua preparação, tanto fisicamente, quanto da logística. Assim sendo, voce teria modificado algo (seja na preparação física ou na estratégia)? Faltou algum equipamento? Algum equipamento que voce levou não correspondeu às expectativas?

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    Respostas
    1. Obrigado!!
      Verdade brother. Não dá prá ter sucesso sem isso. Não modificaria nada na estratégia nem na preparação. Ambas funcionaram muito bem. Quanto aos equipamentos, eu me arrependi de não ter levado a filmadora e uma garrafa térmica pequena. Os demais atenderam bem.
      Grande abraço

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  2. Ei Jodrian,

    O retorno deve ser só alegria! :)
    Faltou uma foto do certificado. Fiquei curiosa para ver como é.
    Adorei a ideia do rastreador.

    Abraços,
    Lillian.

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    Respostas
    1. Boa idéia.
      Vou scanear e atualizo o post :)
      Abraços

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    2. Pronto, Lillian
      Inseri os certificados ao final do post :)

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