sexta-feira, 23 de maio de 2014

Cliffs of Moher–um belo início para road trip pela Irlanda


Começamos o dia com muitas expectativas: seria nosso primeiro dia de estrada “prá IMG_2053valer”, o começo da road trip pelas terras irlandesas, onde toda a logística havia sido planejada desde o Brasil. Após um pequeno desentendimento com o GPS do carro, saímos de Dublin por volta das 09:30 e seguimos pelas rodovias M4/M6 em direção à cidade de Galway. Ao todo, cerca de 210 km.

Almoçamos um lanche em uma loja de conveniência e tomamos o rumo dos Cliffs of Moher, no Condado de Clare (a 78 Km de Galway), seguindo um trecho da chamada Wild Atlantic Way.

Paramos o carro no estacionamento que fica no lado oposto da rodovia, em frente à área principal dos Cliffs, pagamos a taxa de entrada (6 € por pessoa) e fomos ao Centro de Visitantes, muito bem estruturado, com inúmeras informações sobre a geologia, fauna e flora, além de várias fotos do local. Painéis interativos estão divididos em quatro temas principais: Oceano, Rocha, Natureza e Homem e uma sala de projeções exibe um belo vídeo com efeitos de animação gráfica.

Construído de modo que ficasse "enterrado", sem nenhuma agressão estética ao local, o Centro também dispõe de loja para compra de souvenirs e área de alimentação panorâmica.

Centro de Visitantes - Cliffs of Moher - Irlanda Centro de visitantes

Apesar da riqueza de informações, não passamos muito tempo lá dentro. Queríamos mesmo era aproveitar o tempo aberto, com um céu belíssimo, contemplar e fotografar (muito) os impressionantes penhascos com 200 metros de altura, que se estendem por mais de 8 quilômetros.

Impossível não ficar de queixo caído! O contraste entre os penhascos e o mar impressiona:as rochas terminam abruptamente, dando impressão que foram talhadas e oceano continua a perder de vista no horizonte. Merecidamente,  uma das maiores atrações turísticas da Irlanda.

Cliffs of Moher - Irlanda (1)
Falésias com 200 metros de altura
O acesso é facilitado pelas calçadas, rampas e mirantes que percorrem grande parte da borda das falésias.

DCIM\100GOPRO
Área da propriedade privada, à direita da entrada principal. Com menor proteção e sem infra-estrutura.
Com o devido cuidado, vale a pena ir até lá.

Cliffs of Moher, Irlanda (11)

 

Cliffs of Moher, Irlanda (2)
Branaumore Seastack: O imponente pilar de rocha, lar de muitas aves

Os penhascos são abrigo para várias espécies de aves, com destaque para as gaivotas que nidificam nas rochas, saindo a todo instante para voar graciosamente. Um espetáculo da natureza.

Gaivota no Cliffs of Moher - Irlanda
Shows aéreos
Ninhos de gaivotas nos Cliffs of Moher, Irlanda
Centenas de aves nas rochas
Ninhos de gaivotas nos Cliffs of Moher, Irlanda (3)
E no detalhe, em foto de Rosana Freitas
DCIM\100GOPRO

Uma interessante construção, datada de 1835, é a Torre O’Brien, que leva o nome de seu idealizador – Cornelius O’Brien. Foi feita com o propósito de ser um ponto de observação privilegiado das falésias. Para entrar, há uma taxa adicional. Achamos que não valia a pena.

O´Brien´s Tower (2)
Torre O'Brien
O´Brien´s Tower (3)
A Torre O'Brien, de outro ângulo

Ao longo dos percursos, há vários avisos alertando para os riscos de queda e, infelizmente, também há suicídios no local. Um paradoxo, levando em conta que tudo ali nos leva a celebrar a vida!


Alerta de segurança no Cliffs of Moher

Placa de ajuda aos  potenciais suicidas


Cliffs of Moher, Irlanda (4)

Galway

Ficamos hospedados em Galway, uma cidade pequena, com menos de 100 mil habitantes. Como chegamos no final da tarde, não tivemos muito tempo para explorá-la, mas nos pareceu interessante. Nosso hotel ficava perto do porto e saímos a pé para jantar, o que nos rendeu alguns bons cliques.
Veja outros motivos para curtir esta cidade neste post do blog Dublin para brasileiros: Link

Galway, Irlanda (2)
Beleza nas últimas luzes do dia
Galway, Irlanda
E belezas noturnas também

 De carro pela Irlanda/Irlanda do Norte

Ao planejar como aproveitaríamos nossos quatro dias na Irlanda e Irlanda do Norte, primeiro escolhemos as atrações que queríamos visitar e depois verificamos as opções de transporte. Não houve jeito. Não havia como utilizar os (bons) serviços de ônibus ou trens para deslocamentos entre as cidades e cumprir o roteiro que desejávamos.
RoadTrip

Sendo assim, vencendo minha resistência inicial, resolvemos alugar um carro. Meus receios estavam ligados a dois aspectos principais: leis e normas de trânsito de outros países e o fato de dirigir em mão inglesa. Foi uma experiência interessante e resumo minhas percepções:
  • Não é tão difícil como pode parecer. De início, vamos seguindo com cautela o fluxo de carros, para não dar bobeira e entrar na contramão.
  • A maior dificuldade foi ajustar o senso de distância para o lado oposto ao motorista, principalmente quando fazia curvas à esquerda.
  • Lidar com o fato do trânsito mais lento ser na faixa da esquerda foi o mais fácil. Em Natal, isso já ocorre naturalmente Smiley triste
  • Utilizamos um carro com câmbio automático, o que eliminou a necessidade de passar marchas com a mão esquerda.
  • O GPS também foi útil para converter os limites de velocidade máxima de milhas por hora para quilômetros por hora (Na Irlanda do Norte, utiliza-se o sistema inglês de unidades).

2 comentários:

  1. Parabéns pelo excelente post, Jodrian! O tempo ajudou muito e as fotos ficaram lindíssimas! Estou morando aqui há 9 meses e ainda não fiz esse passeio. Lendo seu artigo deu vontade de ir para lá no próximo final de semana livre! rsrsrs. A experiência de dirigir do outro lado é bem bacana também. Nos primeiros dias sofria para passar as marchas, mas o que mais tive dificuldade foi o que você falou sobre o senso de distância. Algumas batidinhas no retrovisor até acostumar! Hahahaha! Abs!

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    1. Muito obrigado pelos comentários, Bruno!
      Vale muito a pena e gostei de saber que aumentei sua vontade de ir. Como as distâncias na Irlanda são relativamente pequenas, é um privilégio poder escapar em um final de semana e curtir essas maravilhas. Aproveite mesmo !
      Grande abraço

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