Começamos o dia com muitas expectativas: seria nosso primeiro dia de estrada “prá valer”, o começo da road trip pelas terras irlandesas, onde toda a logística havia sido planejada desde o Brasil. Após um pequeno desentendimento com o GPS do carro, saímos de Dublin por volta das 09:30 e seguimos pelas rodovias M4/M6 em direção à cidade de Galway. Ao todo, cerca de 210 km.
Almoçamos um lanche em uma loja de conveniência e tomamos o rumo dos Cliffs of Moher, no Condado de Clare (a 78 Km de Galway), seguindo um trecho da chamada Wild Atlantic Way.
Paramos o carro no estacionamento que fica no lado oposto da rodovia, em frente à área principal dos Cliffs, pagamos a taxa de entrada (6 € por pessoa) e fomos ao Centro de Visitantes, muito bem estruturado, com inúmeras informações sobre a geologia, fauna e flora, além de várias fotos do local. Painéis interativos estão divididos em quatro temas principais: Oceano, Rocha, Natureza e Homem e uma sala de projeções exibe um belo vídeo com efeitos de animação gráfica.
Construído de modo que ficasse "enterrado", sem nenhuma agressão estética ao local, o Centro também dispõe de loja para compra de souvenirs e área de alimentação panorâmica.
Apesar da riqueza de informações, não passamos muito tempo lá dentro. Queríamos mesmo era aproveitar o tempo aberto, com um céu belíssimo, contemplar e fotografar (muito) os impressionantes penhascos com 200 metros de altura, que se estendem por mais de 8 quilômetros.
Impossível não ficar de queixo caído! O contraste entre os penhascos e o mar impressiona:as rochas terminam abruptamente, dando impressão que foram talhadas e oceano continua a perder de vista no horizonte. Merecidamente, uma das maiores atrações turísticas da Irlanda.
Falésias com 200 metros de altura |
Área da propriedade privada, à direita da entrada principal. Com menor proteção e sem infra-estrutura. Com o devido cuidado, vale a pena ir até lá. |
Branaumore Seastack: O imponente pilar de rocha, lar de muitas aves |
Os penhascos são abrigo para várias espécies de aves, com destaque para as gaivotas que nidificam nas rochas, saindo a todo instante para voar graciosamente. Um espetáculo da natureza.
Shows aéreos |
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Uma interessante construção, datada de 1835, é a Torre O’Brien, que leva o nome de seu idealizador – Cornelius O’Brien. Foi feita com o propósito de ser um ponto de observação privilegiado das falésias. Para entrar, há uma taxa adicional. Achamos que não valia a pena.
Torre O'Brien |
A Torre O'Brien, de outro ângulo |
Ao longo dos percursos, há vários avisos alertando para os riscos de queda e, infelizmente, também há suicídios no local. Um paradoxo, levando em conta que tudo ali nos leva a celebrar a vida!
Galway
Ficamos hospedados em Galway, uma cidade pequena, com menos de 100 mil habitantes. Como chegamos no final da tarde, não tivemos muito tempo para explorá-la, mas nos pareceu interessante. Nosso hotel ficava perto do porto e saímos a pé para jantar, o que nos rendeu alguns bons cliques.Veja outros motivos para curtir esta cidade neste post do blog Dublin para brasileiros: Link
Beleza nas últimas luzes do dia |
E belezas noturnas também |
De carro pela Irlanda/Irlanda do Norte
Ao planejar como aproveitaríamos nossos quatro dias na Irlanda e Irlanda do Norte, primeiro escolhemos as atrações que queríamos visitar e depois verificamos as opções de transporte. Não houve jeito. Não havia como utilizar os (bons) serviços de ônibus ou trens para deslocamentos entre as cidades e cumprir o roteiro que desejávamos.Sendo assim, vencendo minha resistência inicial, resolvemos alugar um carro. Meus receios estavam ligados a dois aspectos principais: leis e normas de trânsito de outros países e o fato de dirigir em mão inglesa. Foi uma experiência interessante e resumo minhas percepções:
- Não é tão difícil como pode parecer. De início, vamos seguindo com cautela o fluxo de carros, para não dar bobeira e entrar na contramão.
- A maior dificuldade foi ajustar o senso de distância para o lado oposto ao motorista, principalmente quando fazia curvas à esquerda.
- Lidar com o fato do trânsito mais lento ser na faixa da esquerda foi o mais fácil. Em Natal, isso já ocorre naturalmente
- Utilizamos um carro com câmbio automático, o que eliminou a necessidade de passar marchas com a mão esquerda.
- O GPS também foi útil para converter os limites de velocidade máxima de milhas por hora para quilômetros por hora (Na Irlanda do Norte, utiliza-se o sistema inglês de unidades).
Parabéns pelo excelente post, Jodrian! O tempo ajudou muito e as fotos ficaram lindíssimas! Estou morando aqui há 9 meses e ainda não fiz esse passeio. Lendo seu artigo deu vontade de ir para lá no próximo final de semana livre! rsrsrs. A experiência de dirigir do outro lado é bem bacana também. Nos primeiros dias sofria para passar as marchas, mas o que mais tive dificuldade foi o que você falou sobre o senso de distância. Algumas batidinhas no retrovisor até acostumar! Hahahaha! Abs!
ResponderExcluirMuito obrigado pelos comentários, Bruno!
ExcluirVale muito a pena e gostei de saber que aumentei sua vontade de ir. Como as distâncias na Irlanda são relativamente pequenas, é um privilégio poder escapar em um final de semana e curtir essas maravilhas. Aproveite mesmo !
Grande abraço