Monte Roraima - o isolamento é um dos atrativos |
A discussão que tomou conta no twitter, motivada pela proposta inicial de Maurício Oliveira (@aventureiros) revelou uma questão básica associada às características do Turismo de Aventura, bem representada por @dicaseturismo: "Depende... Quanto de "Aventura" você quer?". A maior parte das discussões sobre o uso do Wi-fi grátis em atividades de aventura girou em torno da preservação do isolamento como um atributo importante neste segmento.
Alguns comentários que selecionei como exemplo das discussões:
- "Acho que só as atrações que tenham uma proposta mais "wild" não devem ter wi-fi." - @EuVoudeMochila
- "Wi-fi facilita a comunicação em parques, mas deve ser moderado para que não se perca a essência da viagem!" - @RogerioOnofre
- "Acho que o legal é se virar com os meios "rústicos", para ter uma experiência "wild" de fato!" - @EuVoudeMochila
- "Sou contra wi-fi em esportes de aventura e parques. Uma vez no lugar, o isolamento não é escolha, tem que ser um fato" - @destinodeviagem
A comunicação em tempo real, é claro, também foi mencionada: "uma bela foto postada real-time do atrativo tem muito mais apelo e emoção do que aquelas postadas a posteriori" - @ValenteFoz
Devemos nos lembrar, entretanto, que o segmento de Turismo de Aventura comporta diversos tipos atividades, de forma que identifico duas possibilidades:
a) Parques próximos a áreas urbanas - onde a atividade se sobrepõe à necessidade de isolamento, como é o caso de trilhas e escaladas na área urbana do Rio de Janeiro (ver relato da Trilha do Costão do Pão-de-Açúcar, de onde podemos ver grande parte da cidade e o fluxo dos aviões do Aeroporto Santos Dumont). Neste caso, o Wi-fi poderia ser disponibilizado totalmente. É óbvio que disponibilizar o recurso não implica no uso pelo turista, da mesma forma que ter cobertura de celular obriga ninguém a fazer e receber chamadas.
b) Em outras áreas, a disponibilidade de Wi-fi poderia ser restrita aos limites das áreas, como é o caso dos Parques Nacionais. Os visitantes poderiam acessar a internet para conferir previsões meteorológicas, tábuas de marés, mapas, etc. antes de ingressar em trilhas e na saída poderiam fazer divulgações e contatos, mantendo o isolamento no percurso.
O uso da internet via Wi-fi como recurso de segurança ao praticante poderia ser um atrativo a mais para justificar a disponibilidade em áreas mais isoladas. Atualmente, contudo, existem recursos mais eficientes, como rádios, telefones satelitais ou rastreadores como o SPOT
O que outros blogs escreveram sobre o tema:
Ficou show o post, Jodrian!
ResponderExcluirParabens, isso vai dar o que falar.
Abração.
Obrigado Maurício,
ExcluirO tema foi muito instigante e a idéia que você lançou do #Turismoemdebate vai dar o que falar ao longo de 2012, com certeza !!
Abração
Adorei o post pq o assunto me interessa. Tb tem a duvida se o wifi pode ser anti-ecológico e matar arvores. Pena que estou tão enrolada, não vou ter tempo de escrever meu post.
ResponderExcluirabs
Nivea
Nívea
ExcluirNão sei se há algum estudo sobre o impacto do Wi-fi nos ecossistemas, mas acredito que nossas atitudes durante as trilhas e outras atividades de aventura têm um peso muito maior.
Abraço
Eu acho interessante ter sinal nos turismos de aventura, principais nos parques que possuem trilhas e tudo mais, seria mais uma opção de comunicação, e quem sabe, situação de resgate.
ResponderExcluirAbraços,
Érika Marques
Acho que a wi-fi é só mais uma tecnologia que pode facilitar a vida de viajantes e aventureiros como tantas outras. A reclusão não deve ser imposta, mas sim uma escolha de cada um. Cada um viaja e curte seu tempo como gosta.
ResponderExcluirConcordo Natália.
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