Nos Caminhos da Serra do Cipó - Parte 03

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Casa de Seu Zé de Olinta - Cachoeira do Tabuleiro por baixo

Amanhecemos o 3^o. dia na expectativa que não chovesse, uma vez que isso impediria nosso acesso ao principal objetivo deste trecho: chegar ao poço da Cachoeira do Tabuleiro. As nuvens e a neblina deixaram, literalmente, a dúvida pairando no ar.

Tomamos mais uma vez o café aromatizado com cravo-da-índia de Seu Zé de Olinta e aproveitamos para comprar um quilo do produto e estender as lembranças quando voltássemos para casa.

Casa de Seu Zé de Olinta

Mochila nas costas e seguimos para a trilha. No caminho, mais paisagens bonitas que iam se descortinando à medida que as nuvens davam espaço, aqui e ali, para o sol do cerrado.





Paramos em bons locais para fotos da Cachoeira à distância  - os chamados mirantes -e, pouco mais de 5,5 km de caminhada a partir da casa de Seu Zé de Olinta, chegamos à entrada do Parque Municipal Ribeirão do Campo. Para nossa alegria, o acesso estava liberado.



Guardamos as mochilas em uma das salas da administração do Parque e seguimos pela trilha bem demarcada, mas também mal conservada. Descemos com cuidado trechos bem íngremes, parando aqui e ali para descansar um pouco até chegar ao leito do Ribeirão do campo, formado pelas águas que caem da Cachoeira.
Lá chegando, segui em frente com nosso guia, enquanto Rosana preferiu descansar, curtindo as pequenas corredeiras .

O trecho até o poço é muito irregular, com muitas pedras de diversos tamanhos, exigindo equilibrio e cuidado para não sofrer nenhuma queda.

Muitas pedras no caminho

O esforço compensa plenamente. O lago formado pela queda da Cachoeira do Tabuleiro é muito bonito e tem um bom tamanho, sendo é inevitável a vontade de cair nas águas geladas. Os mais animados nadam até a base da queda d’ água. Preferi ficar nadando próximo às margens e aproveitar o tempo para tirar mais fotos:

Águas no topo….	…e na base
Pessoas curtindo o visual	e de um ângulo diferente, sugerido por Rodrigo

Na estrada para o Distrito de Tabuleiro

Voltamos para a entrada do Parque, encarando todo o percurso, agora na subida. Um breve descanso e seguimos para o Distrito de Tabuleiro, no município de Conceição do Mato Dentro até a Pousada Gameleira, onde a Lucienne já nos esperava para o almoço. Voltamos no carro da Bela Geraes, para o Distrito de Serra do Cipó, seguindo pela MG-10 com a certeza que voltaremos a explorar este paraíso mineiro.

Relato da 1a. parte da Travessia - Link
Relato da 2a. parte da Travessia - Link

Para saber mais

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- “Em 1998, a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro criou o Parque Municipal Ribeirão do Campo, com 3150 hectares, abrigando a Cachoeira do Tabuleiro. Em 2006, este Parque tornou-se o Parque Estadual Serra do Intendente” [1]
- “Em Conceição do Mato Dentro ocorre uma das mais tradicionais festas religiosas de Minas Gerais: o Jubileu de Bom Jesus de Matosinhos” [1]
- Mais curiosidades e informações sobre o Distrito de Tabuleiro neste link

[1] Fonte: Livro " Serra do Cipó - Sempre Viva" - Christiano Ottoni. 2008

Dicas sobre a Travessia Lapinha-Tabuleiro

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- Há várias possibilidades de atividades em torno desta travessia. Pode-se realizá-la em quatro dias, incluir a subida ao Pico do Breu, visitar outras cachoeiras, etc.
- Fizemos a Travessia, em um pacote com a Bela Geraes, que incluiu translado de ida e volta ao Aeroporto de Confins, todas as hospedagens e alimentação e a condução propriamente dita. Recomendamos!
- Não há necessidade de carregar muita água durante a travessia, o que alivia o peso e o recomendável é manter a mochila em torno dos 10 kg.