Depois de um bom sono, acordei cedo para tentar fotografar o nascer do sol na Reserva Ecológica Alturas de Banao. Bom…., não foi tão cedo assim e o sol já havia nascido. De todo modo, consegui um bom registro com as névoas tomando conta das encostas.
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Amanhecer em Banao |
Tomamos café, aprontamos as mochilas e começamos a descer até o local onde as bikes estavam guardadas. Novamente, a maioria desceu no lombo das mulas e outros foram à pé. Com a luz do dia, pudemos ver o percurso íngreme que havíamos encarado no anoitecer anterior e também ver a beleza da floresta nesta região. O solo revolvido pela passagem das mulas não tornava o caminho mais fácil mas, na descida todo santo ajuda!
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Descansados, sonolentos, mas prontos para outro dia de aventuras |
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Antes do selim, as selas das mulas |
O pedal novo
No
post anterior, eu mencionei que uma das dificuldades que tivemos no 2º dia de pedaladas em Cuba foi a quebra do pedal direito de minha bike, onde o esforço danificou o encaixe com o pedivela. Pois bem, colocamos a bike na carroceria de um velho caminhão e, juntamente com nosso mecânico, deixei o grupo na esperança de encontrar uma oficina.
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Caminhão para transporte de pessoas. Veja no vídeo, que há cadeiras na carroceria. |
Chegamos a um povoado bem simples e lá estava a oficina. Chão de terra batida e algumas galinhas passeando. De longe vi que havia uma máquina de solda e pensei: vai resolver, mesmo que seja uma solução improvisada.
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Oficina |
Comecei a me animar quando o mecânico veio tomar as medidas do pedal com um paquímetro. A solução não seria improvisada. De fato, usando os recursos que dispunham na oficina, inclusive um velho torno, retiraram parte do eixo do pedal, soldaram outra no lugar, retificaram no torno, fizeram nova rosca no pedivela e no eixo retificado e voilá: um pedal novo - que aliás, ainda estou usando no Brasil, após ser desmontado e montado novamente.
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O pobre pedal aguardando a "cirurgia" reparadora |
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Soldando um novo encaixe |
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Fazendo a rosca no pedivela |
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Torno |
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O espanto com a solução e com a existência daqueles recursos em uma vila tão simples, logo deu lugar à constatação: é necessário que haja oficinas como esta em Cuba. Afinal, com o bloqueio econômico, não há como trocar peças de carros ou outros equipamentos. As partes danificadas são reparadas ou construídas e pronto. A vida segue e as pedaladas também.
No rumo de Trinidad
Pedalamos um bom trecho até parar para o almoço em Manacas-Iznaga, em um restaurante com uma torre de 44 metros de altura bem próxima. A torre remonta à época da escravatura, onde o antigo proprietário (Pedro Iznaga) a utilizava para vigiar seus domínios.
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Torre em Manacas-Iznaga |
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Los Bucaneros |
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Trinidad
Depois de um total de pouco mais de 50 Km, encarando inclusive uma das subidas mais íngremes de todo o percurso – daquelas que “aumentam nossa estima”, como disse a Cristiane - chegamos à Trinidad. Com uma bela arquitetura colonial espanhola, a cidade foi declarada Património Mundial da UNESCO em 1988. Felizmente, ficamos 2 dias por lá!
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Comemorando o término da subida, pouco antes de entrar na cidade |
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Bela arquitetura |
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Vale a pena andar pelas ruas de Trinidad |
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Vídeo do percurso
Hola Jodrian y Roxana, que bueno leer sus relatos, me hacen recoradar los detalles del percurso. Todos los días fueron difrentes y divertidos.
ResponderExcluirAbrazos para ambos.
Loiret
Que bom que estejas gostando dos relatos. De fato, foram dias diferentes e divertidos e em ótima companhia. Abraços !!
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