quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Turismo de Aventura Acessível

Acessibilidade no Turismo de Aventura

A Norma Brasileira NBR 9050 (Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos) define acessibilidade como "Possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço,mobiliário, equipamento urbano e elementos". São condições que devem ser garantidas a todas as pessoas, com especial atenção àqueles que possuem alguma redução ou limitação para realização de algum tipo de atividade, seja de forma permanente ou temporária, categoria na qual também estão incluídos os idosos, obesos, pessoas récem-operadas e gestantes.

Como atividade onde a mobilidade é, quase sempre, um atributo importante, o turismo precisa se adaptar para incluir os portadores de necessidades especiais, conforme sintetiza o Art.15  do documento "Manifiesto por un Ocio Inclusivo": " En el ámbito del turismo, se deben garantizar las condiciones de accesibilidad global de las infraestructuras y entornos turísticos e impulsar la posibilidad real para que todas las personas participen en las ofertas de los diversos turismos temáticos"



No Turismo de Aventura, garantir a acessibilidade se torna mais desafiante, uma vez que controlar os riscos das atividades se torna mais exigente quando os participantes possuem alguma redução, limitação ou inexistência das condições de percepção das características do ambiente ou de mobilidade.

Se, por um lado pode ser um fator inibidor, por outro representa um importante diferencial para os destinos que estiverem dispostos a investir nas adaptações necessárias. No Brasil, exemplos importantes são as cidades de Socorro e Brotas. Estas cidades paulistas oferecem, através de suas operadoras, estrutura e suporte para pessoas com necessidades especiais, possibilitando viver as emoções  que o Turismo de Aventura traz.

Em Socorro, visitamos um destes locais - o Parque dos Sonhos, que foi o primeiro empreendimento hoteleiro a ser certificado de acordo com a norma NBR 9050. A cidade oferece 15 atividades equipadas para permitir acessibilidade, entre as quais quadriciclo, cavalgada,  arvorismo, rafting, passeio de charrete, rapel e tirolesa.

Mas, devemos nos lembrar que o fato da acessibilidade ser um diferencial é, na verdade uma importante lacuna a ser preenchida pelos atores envolvidos: sociedade, empresários e governantes. A acessibilidade não é um favor que se presta à população. É, antes de tudo, um direito assegurado.

Vale refletir sobre as palavras do diretor da ONG Aventura Especial, em artigo na página do Parque dos Sonhos:

"O turismo de aventura ajuda tanto na reabilitação física como psicológica das pessoas com deficiência. Se em condições normais as atividades já são motivo para comentários durante toda a semana, imagine o efeito que isso causa em uma pessoa que tem deficiência e que acha que não pode fazer mais nada?"

Para saber mais:

- Página da ONG Aventura Especial
- Blog "A Cadeira Voadora"
- Normas Brasileiras de Acessibilidade, disponíveis para download gratuito - link
- Cartilhas sobre Turismo Acessível - Embratur

Outros posts da blogagem coletiva:

Acessibilidade no Brasil – O turismo com necessidades especiais - por Viajando com Eles

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