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Saindo de Dingboche |
Nosso 7º dia na trilha para o Acampamento Base do Everest foi relativamente curto, mas importante em termos de aclimatação. Caminhamos de Dingboche para Thukla (ou Dugla), saindo de 4300 para 4600 metros de altitude.
Com isso, pudemos “quebrar” o desnível que seria necessário (600m) para chegar até Lobuche. O desafio: subir até 5000 m para aclimatação.
Caminho até Thukla
Na saída de Dingboche, encaramos um trecho íngreme, que logo revela uma área belíssima e plana. A partir daí, o grupo caminhou de forma mais livre, já que não havia necessidade de seguir uma fila indiana. O trecho segue paralelo ao vale formado por um rio de degelo e belas montanhas.
O tempo continuava firme e apesar da altitude o sol aliviava bastante o frio, só nos obrigando a vestir os anoraks por cima das camisas leves quando o vento aumentava. Assim, íamos caminhando, trocando impressões com os colegas e fazendo as fotografias. Sem dúvida, foi um dos dias mais bonitos do trekking
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Grupo faz uma pausa logo após a 1a. subida vindo de Dingboche, que ficou
lá embaixo, à esquerda |
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Caminhada rumo à Thukla - Terreno amplo |
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Rosana caminha com o final do Glaciar Chola à sua esquerda |
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Casa de pedra. Ao fundo o Taboche (6,542m, à esquerda) e o Cholatse (6,443m, à direita) |
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O frio aperta e a gente põe os agasalhos |
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Olhando para trás, fica o vale e o vilarejo de Periche |
No final de nosso trecho, cruzamos uma pequena ponte metálica, sobre o ponto que marca o início do que virá a ser o Rio Dudh Kosi, formado pelo degelo do Glaciar Khumbu - o mesmo que vem do Everest. Assim chegamos à Thukla, basicamente composta pelas instalações de nosso local de hospedagem: o Yak Lodge & Restaurant. Apesar da curta distância, gastamos 3 horas neste trecho
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Hospedagem em Thukla, com o Taboche ao fundo |
Chegando aos 5000 metros
Almoçamos um bom prato de macarrão e já saímos com as roupas de frio para encarar uma bela subida e nos expor temporariamente a uma altitude maior, como parte de nossa aclimatação. O ritmo foi lento. Anda um pouco, pára, respira, anda mais um pouco. Uma parte do grupo ficou a 4800m e outra seguiu até 5000.
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Subindo para 5000m |
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Subindo para 5000m |
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O altímetro do guia comprova. Mais um desafio vencido |
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Grupo a 5000 m |
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Grupo descendo dos 5000m. A neve já estava bem presente nesta altitude |
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A câmara hiperbárica
Após o jantar, Manoel Morgado fez uma demonstração sobre o funcionamento de uma câmara hiperbárica portátil. Trata-se de um saco hermético (também chamado
Gamow Bag), feito de lona semelhante à de um bote inflável. Um pedal é contínuamente acionado e fornece à pessoa que está no interior uma pressão atmosférica que simula uns 2000m abaixo do ponto onde se encontra.
Não é um recurso que cura o mal de atitude em suas manifestações mais perigosas, o Edema Pulmonar e o Edema Cerebral. Contudo, permite um importante ganho de tempo, estabilizando a saturação de oxigênio até que um resgate possa ser providenciado.
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Câmara aberta |
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Detalhe do pedal de acionamento |
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Totalmente inflada |
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Renato Barros foi voluntário para o teste e entrou na câmara. A saturação de oxigêncio no sangue estava em torno de 85%. Em poucos minutos, com o equipamento inflado, chegou a 100%. Bom saber que contávamos com este recurso.
Ao final, recebemos bolsas de água quente para colocar dentro dos sacos de dormir e aumentar o conforto. Como o frio apertou muito à noite, foi um detalhe que ajudou bastante.
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Uau que aventura, hein? Paguei pau pra essa viagem! Abração
ResponderExcluirVerdade, Rafael
ExcluirFoi uma aventura e tanto. Obrigado !
Grande abraço
Ai Jodrian que maravilhosos relatos! A gente viaja neles, principalmente quem estava junto. Suas fotos são de tirar o fôlego o que aumenta a percepção da sua narração. Parabéns, sou sua fã de carteirinha, pelo ser humano, aventureiro e fotografo que és.
ResponderExcluirZeneide Leal, Campina Grande - Pb
ExcluirEi Jodrian,
ResponderExcluirCada metro de altura mais lindo! :)
Fiquei impressionada com a estrutura de segurança que vocês tiveram nesta viagem. Sensacional!
Abraços,
Lillian.
Obrigado, Lillian
ExcluirSaber que contamos com este apoio nos traz muita confiança para encarar os desafios. Quando relatarmos o próximo trecho, descreveremos como parte desta estrutura foi posta em prática. E, claro, ainda tem muitos metros de beleza pela frente.
Grande abraço
Jodrian
Aventura mais linda,
ResponderExcluire demais por dividir essa experiencia!!
Muito obrigado, Lilian :)
ExcluirQue aventura maravilhosa, parabéns pela coragem e obrigada pelas imagens de tirar o fôlego!
ResponderExcluirMuito obrigado, Bruna !!
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