quinta-feira, 9 de maio de 2013

Namche Bazaar


- Bôoo Dia !! bôoo Dia !!  Toc, toc
Assim seríamos acordados durante todos os dias da trilha. Pontualmente às 06:00 da manhã, nossos simpáticos sherpas batiam na porta de cada quarto com uma xícara de chá para cada um de nós. Era o primeiro passo do esquema 6 - 7- 8: acordar às 06:00, até às 07:00 fazer a higiene pessoal e arrumar os duffle bags, deixando-os do lado de fora do quarto para os carregadores, entre 07:00 e 08:00 tomar café e partir.

Pé na trilha

Logo após a saída de Monjo, passamos em um Centro para Visitantes, onde uma maquete das montanhas do Himalaya permitiu uma visão do que nos esperava nos dias seguintes. Àquela altura, entretanto, confesso que foi muita informação para ser processada. De todo modo, foi interessante ter uma idéia do percurso.
Neste ponto, estamos entrando no Parque Nacional Sagamartha. Assim os nepaleses denominam o Everest: Sagamartha significa “deusa mãe da Terra”. Com 1148 km², o Parque é considerado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Entrada do Parque Nacional Sagarmatha
Entrada do Parque Nacional Sagarmatha

Ponte suspensa
Uma das inúmeras ponte suspensas que atravessamos

Dzo
Dando passagem à caravana de Dzo

Florestas
Belas florestas

Cerca de 1,5h de caminhada, chegamos a um ponto de abastecimento de água – até aí, deveríamos ter bebido 01 litro, mas acho que chegamos a uns 700 ml. Como dissemos no post anterior, a preocupação com a hidratação deve ser constante.

Seguimos por um trecho mais íngreme, com uma bela floresta de coníferas e trilhas bem definidas. Caminha um pedaço, pára um pouquinho, caminha mais, faz fotografias, caminha mais…Vamos encontrando nosso ritmo. É apenas o 2º dia de caminhada e o desnível vai a 600 m.
Subida
Haja perna
Em um dos pontos de parada, a recompensa: Nossa primeira visão do Everest !!. Em um céu claro, lá estava ele, com o jet stream no cume. Maravilhoso!


Primeira visão do Everest
O ponto mais alto da Terra !

Namche Bazaar

Chegamos à Namche Bazaar após cerca de 4,5h de caminhada. É uma visão impressionante: a cidade fica localizada em uma espécie de anfiteatro natural, em frente a belas montanhas. Altitude: 3440 metros.

Chegada a Namche Bazaar
Encarando os últimos degraus na subida
Namche Bazaar 02
Chegando à cidade
Namche Bazaar Kondge Ri
Uma bela visão de parte da cidade com o Kondge Ri (6187m)
O nome Bazaar vem da tradição comercial desta importante cidade da região do Khumbu. Há um bom número de cafés (com internet), lodges e lojas - inclusive para comprar aquele último equipamento que faltou nas aquisições em Kathmandu ou artesanatos. É lógico que os preços são mais altos.

Sinos de yaks
Quer comprar ums sinos para Yaks?
Seguimos diretamente para o Ama Dablam Logde e fizemos nosso primeiro sorteio do banho. Explico: a partir daqui, todos os banheiros são coletivos. Para tomar banhos, tivemos que organizar a ordem de entrada por sorteio. Neste primeiro, eu não tive sorte e fui um dos últimos – resultado: água fria.

Almoçamos um prato característico do Nepal: o Dal bhat. Com algumas poucas variações, é composto de arroz, legumes e lentilhas. Como aconteceria daí por diante, logo após o almoço, nós já escolhíamos o prato do jantar. Os sherpas haviam anotado nossos nomes no dia anterior e registravam as opções de cada um, o que agilizava o processo no próximo turno.

Turma e Lemon Tea
Turma à espera do almoço e tomando o
famoso Lemon Tea
Dall bat
     Dal bhat. O sabor é levemente apimentado.
Com o restante da tarde livre, atualizamos nosso diário de viagem e acessamos a internet (wi-fi grátis e bom). Junto com parte do grupo, seguimos a dica do Manoel Morgado e visitamos a Herman Helmers Bakery, para comer uma ótima torta de maçã e bater papo.

Veja um ótimo texto de Rosier Alexandre sobre o que é Namche Bazaar: Link

 Outros posts da Série


1 - Como é !? Vão subir o Everest?
2 - Chegada à Kathmandu
3 - Explorando Kathmandu
4 - Kathmandu–Pashupatinah e Boudhanath
5 - Voando para um dos aeroportos mais extremos do mundo (Lukla)
6 - Começamos a jornada! Caminhada até Monjo
7 - Namche Bazaar
8 - No caminho para Thamo, a visita a monges budistas
9 - Rumo ao Everest Base Camp: chegamos aos 4000 metros
10 - Como as cargas são transportadas no Himalaia
11 - A caminhada continua. Rumo à Deboche
12 - Sol e esterco: fontes energéticas no Himalaia
13 - Os desafios continuam: caminhada até Dingboche
14 - Uma curta caminhada, lindas paisagens e um desafio
15 – Entrevista com Manoel Morgado
16 – Lobuche e o Memorial aos Sherpas mortos
17 – Quase Lá: Gorak Shep
18 – Kala Patthar: 5500m e a melhor visão do Everest
19 –  Acampamento Base do Everest:Objetivo conquistado
20 – Retorno do Acampamento Base do Everest – de Gorak Shep a Deboche
21 – Terminando a caminhada: de volta a Lukla

4 comentários:

  1. Puxa Jodrian, sabe que eu já ficaria bem feliz somente de ver o Everest, mesmo que fosse de longe... sonhamos com este trekking na fase sem filhos e acabamos não fazendo, agora, quem sabe, faremos um trekking familiar?! abs e vamos te acompanhar!

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  2. Oi, Jodrian. Tudo bem?

    Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem.
    Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com

    Até mais,
    Natalie - Boia

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  3. Adorando saber mais essa experiência incrível! :) Cada vez mais fã de vocês!
    Abraços,
    Lillian.

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