Começamos o dia com a expectativa de ter a melhor visão do Everest, a mais de 5500 no Kala Patthar. Antes, teríamos que chegar a Gorak Shep (5140 m) , a última hospedagem disponível antes do Acampamento Base do Everest.
Fizemos um pequeno desvio para ver o interessante laboratório Italiano-Nepalês que - o
Pyramid International Laboratory-Observatory. Inaugurado em 1990, realiza pesquisas sobre meio ambiente, geologia, clima e fisiologia humana. Toda a energia para funcionamento do laboratório provém dos painéis solares instalados na pirâmide e estruturas adjacentes.
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Mascote do Aventura Mango posando próximo ao Laboratório |
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A pirâmide do laboratório em alinhamento com o
Monte Pumori. Não sei se isso foi intencional, mas ficou bacana |
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Visão do Laboratório, a partir da trilha off road
Autoria da foto: Natural Ecoturismo |
Neste ponto, o grupo foi novamente dividido. Alguns seguiram com Manoel Morgado por uma trilha
off road e outros pela trilha normal. Como já havia feito antes, preferi esta última.
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Grupo pela rota off road |
A natureza continua imponente e majestosa em neve, gelo, rochas e um céu que muito azul. Mantemos o foco na caminhada, na expectativa da subida ao Kala Patthar à tarde e dosando o esforço físico com um ritmo mais lento e algumas paradas. O frio agora é bem maior e as margens de muitos trechos do caminho estão congelados. Ainda bem que é primavera. Imagino como deve ficar esta região em pleno inverno.
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Caravana de yaks |
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Rosana fazendo uma pose no frio |
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Gorak Shep
A ausência de vegetação nesta altitude dá nome ao lugar. Gorak Shep significa “ravinas mortas”. O que não quer dizer que não há beleza. Logo na chegada, nos deparamos com um visual fantástico - as montanhas parecem grandes sentinelas a guardar o Khumbu.
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Rosana na chegada à Gorak Shep. O Everest ficou de fora da foto, à direita |
Chegamos ao Himalayan Lodge e nos preparamos para almoçar. Confesso que já não estava com o mesmo apetite de antes – sem dúvida, um dos efeitos da altitude. Ainda assim, precisamos de energia e encaramos a comida mais por obrigação.
Após um almoço, descansamos um pouco e preparamos as roupas e mochila para subida ao Kala Patthar. Mas isso é assunto para o próximo post !
Um pouquinho de geologia
Em vários trechos de nossa caminhada, principalmente após
Dingboche, estivemos próximos a glaciares. Só que, quando vão se afastando das montanhas de onde nascem, parecem apenas grande vales áridos. Nenhum ou pouco gelo aparente denuncia que se trata de um fantástico movimento geológico.
À medida que o gelo vai se movimentando, em taxas que variam de região para região, as rochas vão sofrendo erosão. Os ciclos de degelo (com infiltração de água) e congelamento (com expansão de volume) causam ruptura das rochas, que vão sendo transportadas, em todos os tamanhos, na parte superior. Os depósitos de sedimentos são chamados de morenas ou morainas.
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Ei Jodrian,
ResponderExcluirSuper inesperado achar uma construção como aquela pirâmide no meio da trilha. Gostei da coincidência (ou não) dela estar alinhada com a montanha!
Super bacana!
Abraços,
Lillian.
Pois é, Lillian. Alta tecnologia no meio do "nada".
ExcluirGrande abraço
Jodrian