terça-feira, 25 de junho de 2013

Quase lá: Gorak Shep


Começamos o dia com a expectativa de ter a melhor visão do Everest, a mais de 5500 no Kala Patthar. Antes, teríamos que chegar a Gorak Shep (5140 m) , a última hospedagem disponível antes do Acampamento Base do Everest.

Fizemos um pequeno desvio para ver o interessante laboratório Italiano-Nepalês que  - o Pyramid International Laboratory-Observatory. Inaugurado em 1990, realiza pesquisas sobre meio ambiente, geologia, clima e fisiologia humana. Toda a energia para funcionamento do laboratório provém dos painéis solares instalados na pirâmide e estruturas adjacentes.

Mascote
Mascote do Aventura Mango posando próximo ao Laboratório



Pyramid International Laboratory- Observatory
Pyramid International Laboratory- Observatory  2
A pirâmide do laboratório em alinhamento com o
Monte Pumori. Não sei se isso foi intencional, mas ficou bacana
Visão do Laboratório, a partir da trilha off road Autoria Natural Ecoturismo
Visão do Laboratório, a partir da trilha off road
Autoria da foto: Natural Ecoturismo

Neste ponto, o grupo foi novamente dividido. Alguns seguiram com Manoel Morgado por uma trilha off road e outros pela trilha normal. Como já havia feito antes, preferi esta última.

Grupo em off road
Grupo pela rota off road
A natureza continua imponente e majestosa em neve, gelo, rochas e um céu que muito azul. Mantemos o foco na caminhada, na expectativa da subida ao Kala Patthar à tarde e dosando o esforço físico com um ritmo mais lento e algumas paradas. O frio agora é bem maior e as margens de muitos trechos do caminho estão congelados. Ainda bem que é primavera. Imagino como deve ficar esta região em pleno inverno.

Yaks
Caravana de yaks
Rosana
Rosana fazendo uma pose no frio

 Gorak Shep

A ausência de vegetação nesta altitude dá nome ao lugar. Gorak Shep significa “ravinas mortas”. O que não quer dizer que não há beleza. Logo na chegada, nos deparamos com um visual fantástico - as montanhas parecem grandes sentinelas a guardar o Khumbu.

Gorak Shep
Rosana na chegada à Gorak Shep. O Everest ficou de fora da foto, à direita

Chegamos ao Himalayan Lodge e nos preparamos para almoçar. Confesso que já não estava com o mesmo apetite de antes – sem dúvida, um dos efeitos da altitude. Ainda assim, precisamos de energia e encaramos a comida mais por obrigação.

Após um almoço, descansamos um pouco e preparamos as roupas e mochila para subida ao Kala Patthar. Mas isso é assunto para o próximo post !

Um pouquinho de geologia

Em vários trechos de nossa caminhada, principalmente após Dingboche, estivemos próximos a glaciares. Só que, quando vão se afastando das montanhas de onde nascem, parecem apenas grande vales áridos. Nenhum ou pouco gelo aparente denuncia que se trata de um fantástico movimento geológico.

À medida que o gelo vai se movimentando, em taxas que variam de região para região, as rochas vão sofrendo erosão. Os ciclos de degelo (com infiltração de água) e congelamento (com expansão de volume) causam ruptura das rochas, que vão sendo transportadas, em todos os tamanhos, na parte superior. Os depósitos de sedimentos são chamados de morenas ou morainas.

Morena Ação do Glaciar

Outros posts da série


1 - Como é !? Vão subir o Everest?
2 - Chegada à Kathmandu
3 - Explorando Kathmandu
4 - Kathmandu–Pashupatinah e Boudhanath
5 - Voando para um dos aeroportos mais extremos do mundo (Lukla)
6 - Começamos a jornada! Caminhada até Monjo
7 - Namche Bazaar
8 - No caminho para Thamo, a visita a monges budistas
9 - Rumo ao Everest Base Camp: chegamos aos 4000 metros
10 - Como as cargas são transportadas no Himalaia
11 - A caminhada continua. Rumo à Deboche
12 - Sol e esterco: fontes energéticas no Himalaia
13 - Os desafios continuam: caminhada até Dingboche
14 - Uma curta caminhada, lindas paisagens e um desafio
15 – Entrevista com Manoel Morgado
16 – Lobuche e o Memorial aos Sherpas mortos
17 – Quase Lá: Gorak Shep
18 – Kala Patthar: 5500m e a melhor visão do Everest
19 –  Acampamento Base do Everest:Objetivo conquistado
20 – Retorno do Acampamento Base do Everest – de Gorak Shep a Deboche
21 – Terminando a caminhada: de volta a Lukla

2 comentários:

  1. Ei Jodrian,
    Super inesperado achar uma construção como aquela pirâmide no meio da trilha. Gostei da coincidência (ou não) dela estar alinhada com a montanha!
    Super bacana!
    Abraços,
    Lillian.

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    Respostas
    1. Pois é, Lillian. Alta tecnologia no meio do "nada".
      Grande abraço
      Jodrian

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