Passa e Fica (com aventuras)

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O nome deste município na Região Agreste do Rio Grande do Norte chama a atenção antes de tudo.

O livro “Terras Potiguares”, de Marcus César, menciona uma pequena bodega criada nos idos de 1929, que atraía quem passava pela estrada, com a oferta de aguardente e jogos. Diziam que quem entrava não queria mais sair e um morador da área batizou de “passa e fica”.

Como é comum na formação das cidades, um núcleo populacional foi se formando até que, em 1962, foi constituído município, desmembrando-se de Nova Cruz.

Passa e Fica localiza-se na divisa com a Paraíba, a uma distância de 109 Km de Natal. Pertinho, do outro lado do pequeno Rio Calabouço fica o Parque Estadual de Pedra da Boca, no município de Araruna - PB.

Técnicas verticais

A natureza foi generosa com a região. As formações rochosas e a vegetação não só compõem belíssimos cenários, como permitem a realização de várias atividades de aventura, com destaque para as técnicas verticais. A região também conta com o trabalho de Julio Castelliano, presidente da Associação Paraibana de Escalada, grande conhecedor dos paredões e responsável pela abertura de inúmeras vias de escalada. E foi com a preciosa orientação do Júlio que experimentamos duas técnicas verticais:

Na Pedra do RN, a opção de rapel é para quem já possui alguma experiência na atividade. Possui uma altura de 60 metros e o acesso se faz contornando a Pedra.

Subindo a Pedra do RN	Júlio preparando o rapel
Batista posicionado para a descida	Descendo a Pedra do RN

Nesta pedra, também há 2 vias de escalada: a via “Abandono” e a "Dança da Chuva"

Ainda antes do almoço, seguimos para a Pedra do Lagarto para praticar um pouco de escalada, em uma via que, embora tenha 80 metros, é classificada como grau II e dividida em duas etapas. Júlio guiou todo o percurso, preparando as proteções.

Júlio guiando a via Calanguinho	Pedra do Lagarto Jodrian concluindo a 2a. etapa
Batista concluindo a 2a. Etapa	Comemorando a escalada

A via não possui grandes agarras, mas é coberta com pequenas saliências de granitos, o que exige muito da ponta dos dedos. Descemos de rapel pela mesma face da escalada. Na Pedra do Lagarto há outras vias: "TPM" e a "Lagarto de Brinquedo"

Caminhadas

Algumas trilhas começam a ser definidas, outras já estão consolidadas e há muito o que explorar. Começamos com uma trilha que sobe até a Pedra do Jacaré, de onde se tem uma bela visão do município. Ainda não é explorada comercialmente, mas há planos para oferecê-la como produto turístico em breve. Foi denominada Trilha da Serra dos Cocos, em razão da abundância de coqueiros catolé.

Mapa da trilha, com o GPS do Celular. Aproximadamente 4 Km ida e volta

No meio do caminho, continuamos a ver a Pedra da Boca	Muitos trechos com mata
E algumas trechos de subida e descida	Visão da cidade de Passa e Fica

Na fotografia, do alto da Pedra do Jacaré

Neste último final de semana, experimentamos outra trilha. Bem demarcada e com menor grau de dificuldade. Saímos da ótima e charmosa Pousada Fulô da Pedra e seguimos em direção à Pedra do Lagarto (a mesma Pedra onde escalamos na visita anterior). Há algumas variantes desta trilha e seguimos por uma que é intermediária, em termos de esforço exigido.

Pousada Fulô da Pedra

Trilha bem demarcada	Chegando à Pedra, com nosso guia à frente - Gabriel
Se o vizinho possui mais opções, é de Passa e Fica que temos as melhores visões de Pedra da Boca.	À esquerda, a Pedra do RN

Se não bastasse a beleza das paisagens, tivemos o bônus de ver os campos floridos. É verdade: basta chover no sertão:


- Hospedagem: Pousada Fulô da Pedra

Nota: Este post foi feito aproveitando o trabalho que nossa empresa de consultoria está realizando para o SEBRAE-RN. O contrato não requer a publicação de artigos de divulgação, que estamos fazendo voluntariamente.

Dicas e orientações

- Hospedagem: Pousada Fulô da Pedra

- Quem se interessar por cursos de técnicas verticais, guia para escalada e rapel ou pelos croquis de escalada pode contactar o Julio Castelliano, em Pedra da Boca