sábado, 9 de setembro de 2017

A caminho do Salar de Uyuni - 2º dia

Deserto Siloli
Rosana no Deserto de Siloli

Acordamos por volta das 06:30 para arrumar as bagagens, tomar um café simples e seguir o caminho até o Salar de Uyuni. A expectativa era mais um dia de belas paisagens bolivianas até a hospedagem no hotel de sal.
A esta altura a interação entre os participantes já avançava para os grupos de outros carros que, pouco a pouco, vão trocando suas impressões sobra a viagem. Soubemos, por exemplo, que alguns guias quase não falavam sobre detalhes do percurso e percebemos que tivemos sorte, uma vez que o nosso condutor não se furtava a explicar o que pedíamos.
Interior do alojamento da Cordillera Traveller
Uma visão do quarto no alojamento da Cordillera Traveller
Carros na saída para o 2º dia
Aaaaarrruuma a malaí ....

O primeiro atrativo do dia são as formações geológicas, ainda dentro da área do Parque Nacional Eduardo Avaroa, onde se destaca a chamada Arbol de Piedra (Árvore de Pedra) - uma rocha esculpida pela erosão que lembra uma árvore.
Arbol de Piedra
Arbol de Piedra
Descemos do carro para as muitas fotografias, encarando uma sensação térmica muito baixa devido ao vento forte. 

Região da Arbol de Piedra
Formações rochosas no Deserto de Siloli
Seguimos em frente e passamos por trechos rochosos que continham uma planta chamada Llareta ou Yareta (Azorella compacta). Como seu crescimento é muito lento (de 1 a 1,5 cm/ano), dá para imaginar qual a idade destes espécimes que fotografamos.

Llareta ou Yareta
Llareta 
Nestes mesmos trechos, todos os carros pararam e os turistas foram fotografar algo nas rochas. Percebemos que era uma Viscacha, o mesmo tipo de animal que havíamos visto no Atacama. Sem maiores receios, o bicho se deixou fotografar por um bom tempo. 
Viscacha
Viscacha
Seguindo os trechos rochosos - Rumo ao Salar de Uyuni
Carros a caminho
Depois das paisagens apenas com rochas e areia, chegamos à primeira lagoa do dia, a Laguna Honda. Um bom momento para descer do carro, esticar as pernas, aliviar a bexiga e, claro, fotografar: 
Laguna Honda - Bolivia
Laguna Honda
De volta ao sacolejar do veículo e às nuvens de poeira que impedem prosseguir com o vidro aberto. Monotonia? de forma alguma! Logo depois nós chegamos ao local onde almoçaríamos: a Laguna Hedionda
O nome causa espanto. Por que hedionda? um adjetivo associado a algo ruim? A explicação vem do odor de enxofre das águas. Não percebemos nada assim desagradável. Pelo contrário, a lagoa com cerca de 3 km2 de superfície é muito bonita e frequentada por bandos de flamingos, que possuem uma coloração menos rosada. 
Laguna Hedionda - Altiplano Boliviano
Laguna Hedionda. Foto de Rosana Soares
Flamingo na Laguna Hedionda
Flamingo busca seu alimento na Laguna Hedionda. Foto de Rosana Soares
Perambulamos pelas margens da lagoa, esperando o momento em que os guias nos chamaríamos para almoçar, no restaurante anexo ao hotel Los Flamencos. Sim, há um pequeno hotel nas margens desta lagoa. 

Placa na Lagua Hedionda
Quer que desenhe? sim, tá no desenho: nem homem nem mulher podem urinar na lagoa ! Também não invente de entrar na água devido à presença de compostos nocivos à saúde. OK. fotografar pode !


Hotel Los Flamencos
O simpático e pequeno hotel Los Flamencos

Grupo no Almoço - Laguna Hedionda
Nosso grupo no almoço
Com o estômago forrado, voltamos ao percurso onde passamos pela 3ª lagoa do dia: a Laguna Cañapa, que chamou a atenção pelo azul escuro de suas águas. 
Laguna Cañapa - Bolívia
Depois destas três lagoas, a viagem foi rapidamente interrompida para que fotografássemos, à distância,  as fumarolas do Vulcão Ollagüe - o único vulcão ativo na Bolívia (na verdade fica na fronteira com o Chile), com uma altitude de 5.870 metros.
Vulcão Ollagüe
A fumarolas são visíveis no primeiro pico da esquerda
 Por fim, antes de chegar ao Hotel de Sal (veja no próximo post), paramos em um trecho do Salar de Chiguana, onde passa a ferrovia de Uyuni. Estávamos já cansados, mas ainda tivemos motivação para sair e fotografar. Afinal, são paisagens únicas em uma viagem única.
Ferrovia Uyuni
Rosana e as linhas paralelas que se encontram no infinito

Dicas

  • Além de banheiro, o Hotel los Flamencos (Laguna Hedionda) possui wifi para os hóspedes ou mediante o pagamento de uma taxa aos visitantes. Se você estiver sofrendo de abstinência de internet - não foi o nosso caso - aproveite essa chance, que será a única que terá nos 3 dias de viagem até chegar a Uyuni.
  • Já falamos disso antes? Sim, e continuaremos: não se esqueça de beber muita água e usar protetor solar!

        Outros posts da série Uyuni

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