sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Caminhada Natal-Caicó 5ª parte


No caminho
Jodrian e Moab
Nosso próximo trecho manteve o ritmo de uma caminhada puxada. Se, no dia anterior o percurso foi mais curto, agora precisávamos encarar 36 Km, com o desafio logístico de providenciar a alimentação em uma região onde não havia opções de serviços.

Aliás, a pouca disponibilidade de locais para hospedagem e alimentação foi uma característica da rota que escolhemos. Bom, esses são ingredientes de uma boa aventura: desafios e riscos calculados e deliberadamente assumidos. Nada que não tivéssemos avaliado antes.
Como a distância seria maior e prevendo o calor intenso da região, tomamos café e saímos bem cedo de São Tomé em direção a Cerro Corá, por volta das 05:00 da matina, seguindo pela RN-203, a chamada Estrada da Produção que (ainda) está em obras. Como aconteceu em trechos anteriores, sair cedo nos trouxe o privilégio de contemplar o nascer do sol no sertão.

Café da manhã
Café da manhã reforçado, como tem que ser
Saída de São Tomé
Saindo de madrugada. Foto de Jac Souza
Amanhecer em São Tomé
Nascer do Sol em São Tomé. Quando publicada em nosso perfil no Instagram (@aventuramango) essa foto foi destaque no Estadão
Sombrinha no caminho
Rosana ganhou um sombrinha, que passou a acompanhá-la durante os demais dias da caminhada.
Jack e Tricia ainda se recuperavam dos pés machucados e nosso grupo ficou temporariamente reduzido a 5 caminhantes, cada um seguindo em seu ritmo, mas sem muita dispersão. Àquela altura, embora os calos começassem a incomodar um pouco, a musculatura já estava bem acostumada.
Casebre
Casas desgastadas pelo tempo
Ciclistas
Ciclistas de São Tomé
Caminhando
Ritmo, ritmo, ritmo
As conversas eram temperadas com piadas e causos, nos ajudando a vencer as léguas. As pausas para descanso eram aproveitadas para dar uma "manutenção" nos pés e bater um papo com os moradores. Em um desses locais, ficamos um tempinho em uma varanda simples e gostosa, com direito a um cafezinho que nos foi servido e um "kisuco" de manga que pedimos para ser preparado. Ótimo, bem geladinho. Coisas simples que fazem a diferença.
Pausa na varanda
Moab, Simone e Helena, à base de patê de atum, café e suco de manga
Pausa na Varanda 2
Descansar é preciso
Moradores que nos acolheram nas pausas
Hospitalidade dos moradores do caminho
Chegando perto da hora do almoço, a barriga já não se contenta com os pequenos lanches "engana-bucho" e ficávamos na expectativa da chegada da comida. Com a absoluta falta de opções no caminho, no dia anterior, Moab havia feito os arranjos para que nosso almoço nos alcançasse na trilha, contratando um carro para levar quentinhas. Felizmente, o apoio cumpriu o acordado e almoçamos literalmente na beira do caminho, em uma das poucas sombras disponíveis, que também serviu para um descanso improvisado.

Helena convenceu Simone a seguir caminho mais cedo, encarando o calor intenso que, sem dúvida, aumentou o desgaste físico. Preferimos descansar mais e ficamos um tempo esperando a temperatura baixar um pouco para encarar o restante do caminho. Pouco tempo depois de passarmos por uma das pontes em obras, Trícia e Jack que vinham de carro nos encontraram, trazendo aqueles dindins maravilhosos e oportunos.
Descanso improvisado
Soneca improvisada
Pausa para o dindin
Pausa para o dindin entregue no caminho
Estrada em construção
Obras na RN 203
Poeirão
Com as obras, a poeira foi uma companheira indesejável e frequente, principalmente quando os carros e caminhões passavam por nós.
A trégua foi boa, mas a subida até Cerro Corá ainda iria nos exigir muita perna. Felizmente, a quantidade de poeira diminuiu bastante e os caminhos também nos revelaram belas paisagens, coroando a chegada com um belíssimo entardecer. Em Cerro Corá, o irmão de Helena nos apanhou de carro para nossa hospedagem na casa de sua família, em Lagoa Nova, mas isso já é história para o próximo post.

Ainda falta
Mais perto que longe
Achou o caminho
E aí, Moab? o caminho tá certo?
Entardecer próximo à Cerro Corá
Entardecer próximo a Cerro Corá
Leia os outros relatos:


2 comentários:

  1. Li as cinco partes da "Caminhada Natal-Caicó" e vc que várias vezes você se refere a paradas para "cuidar dos pés".
    Como tenho vontade de também fazer uma longa caminhada, gostaria de saber como vocês cuidavam dos pés, que produtos usavam etc.

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    Respostas
    1. Mozart,
      Basicamente usamos vaselina sólida para lubrificar e massagear. Em alguns momentos, usamos uma loção oleosa à base de óleo de girassol. É importante usar calçados amaciados e estar atento a qualquer incômodo. Em uma caminhada longa, uma vez que um calo se instale, fica difícil evitar que cresça.
      Abraço e obrigado pela visita

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