quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Caminhada Natal-Caicó 6ª parte


Cerro Corá - Lagoa Nova

Saindo de Cerro Corá
Início da caminhada entre
 Cerro Corá e Lagoa Nova
Após chegarmos no município de Cerro Corá, o irmão de Helena nos apanhou de carro e fomos nos hospedar na residência de seus pais, um arranjo logístico devido à proximidade com o município de Lagoa Nova, onde reside essa família bacana que nos recebeu de forma excelente.

Na manhã seguinte, eu, Rosana, Moab e Helena voltamos ao ponto da apanha em Cerro Corá para refazer o trajeto, agora à pé, cumprindo o percurso de subida até Lagoa Nova. O trecho de 19 Km não trouxe novidades e chegamos por volta do meio-dia para o almoço, uma cervejinha bem gelada e um bom descanso durante toda a tarde. Maravilha.
Com o tempo livre, pudemos reorganizar melhor a mochila, cuidar dos calos e alguns aproveitaram para liberar um pouco mais de peso, deixando itens a serem levados para Natal. 

Casa Grande
Casa Grande da família Pereira, em Cerro Corá
Família de Helena e o grupo
Boas conversas com a família de Helena
O descanso foi importante. No dia seguinte, faríamos o maior trecho de toda a viagem: 42 Km. e a "moleza" iria acabar.

Lagoa Nova - São Vicente

Acordamos bem cedo, tomamos  café da manhã, com direito a um ótimo pão artesanal feito pelo irmão de Helena e tomamos o rumo de São Vicente às 05:00. Como sempre, a idéia era fazer um bom ritmo enquanto o calor ainda não estivesse intenso.

Saída de Lagoa Nova
Saindo de madrugada pelas ruas de Lagoa Nova
Arco na entrada de Lagoa Nova
A Lua sob o arco que marca a entrada da cidade
Amanhecer em Lagoa Nova
Amanhecer em Lagoa Nova
Logo no início, caminhamos com visão dos parques eólicos existentes na região, seguindo pelas estradas sem calçamento ou asfalto. De vez em quando, uma parada para hidratação e cuidados dos pés. Quando havia um mercado, em algum povoado, aproveitávamos a oportunidade para comprar algo gelado e descansar um pouco mais.
Pausa para descanso 1
Tirar as botas e sentar: que alívio!
Pausa para descanso 2
Calçada alta é uma beleza
A barriga já alertava há tempos e ainda não havíamos encontrado um lugar para almoçar e, convenhamos, com sol forte e fome não há quem aguente. Felizmente, o grupo de Helena, Moab e Simone que seguia mais à frente encontrou um mercadinho e o proprietário (Sr. Valdo Miranda)  gentilmente permitiu que comprássemos os ingredientes para o almoço e usássemos a cozinha de sua casa para preparar a comida. Rosana aproveitou a hospitalidade e tomou um bom banho para refrescar o corpo.

O almoço ficou por conta de Helena e Simone, enquanto eu e Moab ficamos ouvindo um vaqueiro que ria alto por nada e não parava de falar sobre apanhar um certo boi que havia fugido. Só prá rir mesmo. Quase que a gente se levanta e vai atrás do bovino fujão.

Almoçamos salada, batata-doce e macarronada com ovos e salsicha, recarregamos os cantis com água gelada e depois de várias fotos com a família, nos despedimos para continuar o trajeto. Muito chão e sol ainda nos esperavam.

Mercadinho
Mercadinho Serrano. Simplicidade e hospitalidade
Almoço
À mesa com o Sr. Valdo
Hospitalidade
Caminhantes e família do Sr. Valdo.
Continuamos a jornada no sentido de Florânia até o ponto onde começamos a descer a Serra de Santana em direção à São Vicente, cerca de 25 Km após o início da caminhada. Um desnível razoável, com partes do trecho em obras, complementando o calçamento que existia. O uso dos bastões de caminhada para aliviar o esforço muscular foi indispensável.

Jodrian no caminho
Passo a passo
Esteira
Descanso breve
Rosana descendo a Serra de Santana
Rosana na descida para São Vicente
Descemos a Serra e vamos percebendo que o esforço psicológico começa a ter uma importância cada vez maior. Os calos incomodavam um bocado, o cansaço geral pesava e são muitos os momentos em que se quer desistir. Felizmente, não havia como. A cidade de São Vicente, embora já tendo sido avistada de longe, ainda exigiria muitos passos e o jeito era continuar. O dia vai terminando e mesmo as belas cores do entardecer já não animam tanto (melhor não consultar quantos quilômetros faltam).

Rosana no caminho
Entardecer próximo a São Vicente
Anoitece e seguimos caminhando com apoio das lanternas. Moab, Helena e Simone já haviam se antecipado há muito. Eu e Rosana fomos em um ritmo bem mais lento até finalmente chegar à cidade. Moab nos esperava no início da área urbana para nos acompanhar até a Pousada. A esta altura, eu já ia no piloto automático. Chegamos, comemos um sanduiche bem simples e desabamos na cama. Não foi fácil, mas terminamos. Após 7 dias de caminhada, o maior trecho da caminhada havia sido vencido.

Mapa 6o e 7o dias
Mapa do percurso
Leia os demais relatos desta aventura:
- Caminhada Natal-Caicó 1ª parte
- Caminhada Natal-Caicó 2ª parte
- Caminhada Natal-Caicó 3ª parte
- Caminhada Natal-Caicó 4ª parte
- Caminhada Natal-Caicó 5ª parte



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