Recentemente participei de um ótimo curso, onde o instrutor Ricardo Shamá abordou uma ferramenta já
Embora a origem exata desta metodologia não seja totalmente conhecida, esta análise foi aperfeiçoada pelo Grupo Shell, após o desastre com a plataforma de petróleo Piper Alpha, no Mar do Norte, ocorrido em 1988, matando 167 pessoas.
Trata-se de um mapa conceitual, onde são representados os elementos envolvidos na análise de risco de um evento indesejável. De um lado, são tratadas as ameaças e barreiras que poderiam evitar o evento e, de outro, as conseqüências do evento e as medidas que poderiam minimizá-las.
De imediato, pensei na possibilidade de aplicá-la para o Turismo de Aventura, onde uma de suas características, por definição, é a aceitação de riscos (NBR ISO 22101). De fato, a análise de riscos é um elemento central para gerenciar os riscos e é necessário uma metodologia adequada para que resulte correta.
Para explicar como funciona esta metodologia, montei um exemplo simplificado, considerando um evento potencialmente presente em muitas atividades de aventura: a picada ou contato com animais peçonhentos e venenosos.
O primeiro passo, é identificar as ameaças que podem contribuir para que o evento ocorra. Desenhamos estas ameaças do lado esquerdo. Em seguida, as possíveis conseqüências que serão desencadeadas caso o evento se torne realidade.
Para cada ameaça, identificamos as barreiras que podem reduzir a probabilidade da ameaça gerar o evento:
Caso se queira aprofundar a análise, pode-se identificar os fatores que poderiam reduzir a eficácia das barreiras e as barreiras secundárias:
No outro lado do diagrama, é realizada uma abordagem similar para lidar com as conseqüências:
O resultado é um diagrama com muitas informações, logicamente ordenadas, que pode orientar o planejamento para gerenciamento de riscos em uma atividade de aventura, de forma sistemática:
Observações
- É importante que uma equipe multidisciplinar esteja envolvida na análise de riscos. Além do conhecimento específico que cada um pode agregar, é preciso considerar que as percepções de risco variam de pessoa para pessoa.
- Um passo adicional, que orienta as decisões sobre as prioridades a serem adotadas na implementação de controles é a avaliação das probabilidades das conseqüências e o grau de eficácia das barreiras.
- No exemplo simplificado acima, a ênfase foi no planejamento de ações de controle, mas a análise Bow Tie pode ser utilizada (como originalmente concebida) para investigar acidentes.
- Um benefício adicional é a documentação da análise, que pode e deve ser revista periodicamente, para assegurar que eventuais mudanças no ambiente, método, equipamentos, etc. sejam incorporadas na gestão de riscos.
Ótimo o artigo e as dicas! Em abril farei uma viagem, que eu considero turismo de aventura: Peru. Alguém pode me indicar um bom seguro viagem? Bjs, Maya.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirObrigado pelos comentários, Maya.
ExcluirHá várias opções de seguro de viagem, com prós e contras. Não saberia indicar nenhum em especial.
Abraço,
Jodrian
Mto útil esta análise! Gostei. Respondendo à pergunta da Maya, indico este seguro: www.touristcard.com.br Eles tem um plano p/ viagens de aventura. Contratei uma vez e me atendeu bem. Se eu ñ me engano, é esse o nome do plano: Travel Sport Abç, João Pedro.
ResponderExcluirMuito obrigado pelos comentários e pelo complemento à questão da Maya.
ExcluirAbraço,
Jodrian