A caminhada continua. Rumo à Deboche

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Saindo de Khunde

Na saída do do vilarejo de Khunde passamos por algumas lojas, onde Rosana afirma que fez uma das principais aquisições de viagem: um par de simpáticas pantufas artesanais, que ajudaram a esquentar os pés nos alojamentos. A presença destas lojinhas é freqüente nos vilarejos.

Fizemos uma parada rápida para comprar uma torta de maçã muito boa e logo em seguida avistamos alguns adolescentes jogando vôlei. Manoel Morgado fez o convite: vamos lá jogar com os caras? Topei na hora. Formamos um grupo e fomos encarar um set a 3800 m de altura – vai pro currículo! É claro que foi bem divertido, embora a cada pequeno esforço o ar faltasse nos pulmões (cadê a “produção” com oxigênio !!!). Em tempo: ganhamos o set :)

Moçada treinando

Brava equipe: Jodrian, Vitor, Reinaldo, Morgado e Maia. Defendendo as cores brasileiras a 3800m

Neste dia não tivemos um ganho de altitude – permanecemos a cerca de 3800m, mas não significa que foi leve: descemos 600 m para cruzar o rio Dudh Koshi, na localidade chamada Phunki Tenga e subimos mais 600 m para chegar a nosso destino.


A trilha tinha o Thamserku e o Kantega nos acompanhando à direita, motivo para várias e várias paradas para fotografias, aproveitando o céu azul. O ritmo seguia um pouco mais lento, mas a aclimatação estava ótima e o cansaço compatível com a exigência do percurso.

A bandeira do Aventura Mango indo cada vez mais alto.

Cerca de 5h de caminhada e finalmente chegamos à área do monastério de Tengboche, o maior monastério do Khumbu e importante centro espiritual. De cara, uma bela visão do Everest e do Lhotse. Não tem nada mais animador que isso!

Everest à esquerda e Lhotse à direita

Stupa em Tengboche

Entrada do Monastério

Uma merecida pausa para almoçar macarrão com vegetais e depois acompanhar uma cerimônia religiosa budista no interior do monastério, durante a qual 3 monges recitavam mantras com característicos sons guturais. As preces foram assistidas por muitos caminhantes, que deviam entrar descalços no recinto. Não foi permitido fotografar ou filmar.

Consegui este enquadramento interessante: O dragão no telhado do monastério parece
dialogar com o Everest

Descemos mais uns 50 m e chegamos ao Rivendell Lodge - o maior até agora, em Deboche. Muitos grupos, inclusive alguns que iam escalar o Everest, estavam hospedados lá. É interessante ver a movimentação de mochilas, duffle bags e observar as botas no lado de fora dos quartos (essa era a regra aqui).

Mais uma vez, a ordem para o banho quente foi decidida por sorteio, mas coube ao Reinaldo – aniversariante do dia – ficar com o 1º lugar. Justo.

A esta altura, o grupo estava cada vez mais integrado e o humor prevalecia. Piadas e brincadeiras deixavam o clima leve, o que também se refletiu no ânimo para prosseguir. Afinal, o físico e o psicológico devem estar em harmonia para um bom desempenho nas montanhas.

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