sexta-feira, 19 de abril de 2013

Chegada à Kathmandu

Embalada pelo movimento hippie dos anos 1960, Kathmandu é um dos lugares que Leão em Kathmanduparecem ter uma certa aura de fantasia e mistério em seus nomes. Entretanto, é preciso ter senso de realidade: as cidades crescem e modificam-se.

Chegamos à capital do Nepal, juntamente com um grupo de brasileiros dispostos a encarar o exigente trekking até o Acampamento Base do Everest.

O teste de resistência começou na viagem: Natal-Brasília-São Paulo (TAM) e São Paulo-Doha-Kathmandu (Qatar Airways), em um total de 22h de vôo e mais 10h entre as conexões.

Passamos nesta primeira prova. O grupo começou a interagir durante a viagem e em Doha já conversávamos animadamente sobre as expectativas para a caminhada. Foi lá que também tivemos o prazer da companhia e do papo do Carlos Canellas, um dos brasileiros que tentarão o cume do Everest nesta temporada.
Brasileiros no Everest Carlos Canellas Carlos Santalena
Da esquerda para direita: Carlos Canellas e Carlos Santalena, que tentarão
o cume do Everest nesta temporada. A foto foi feita na chegada a Kathmandu

O receptivo contratado pela Morgado Expedições estava a postos, mas não escapamos do assédio de carregadores em busca de alguns dólares pela ajuda desnecessária entre a saída do aeroporto e o ônibus.

Colares na chegada a Kathmandu
Recebendo colares de boas vindas
Acomodados e curiosos, os olhares e máquinas fotográficas imediatamente procuravam captar os primeiros momentos na cidade. O choque inicial é perceptível. A cidade é um caos. Muita poeira no ar. Riquixás, carros, motos e pessoas disputando espaço (calçadas são raras). Fiação telefônica parecendo um enorme spaguetti. Veículos buzinando a cada instante. É preciso um tempinho para digerir tudo isso. Mas, não se preocupem: aprendemos a gostar do que a cidade tem a oferecer – não perca o próximo post.

Trânsito Fiação
Máscara Ruas

Ficamos acomodados no excelente Radisson Hotel, e a principal tarefa da tarde foi submeter os equipamentos trazidos à análise de nosso guia, o Manoel Morgado. Precaução necessária para avaliar o que seria preciso comprar ou substituir no dia seguinte. Kathmandu tem muitas lojas com preços bons e vários de nós deixaram para comprar equipamentos que seriam bem mais caros no Brasil. Lista feita, aguardamos a saída do grupo para o jantar.

Dolce Vita Kathmandu
Aproveitem! Na trilha não haverá estas opções

Dolce Vita Kathmandu
Anniversário de nosso colega com mais anos de estrada. Parabéns, grande Ferreira!

As primeiras dicas


Visto: O visto para o Nepal é obtido na chegada, no aeroporto – logo após o desembarque. É necessário uma foto 3x4, o pagamento de US$ 40 e o preenchimento de formulários que estão disponíveis nos balcões.
Vacinas: É necessário o certificado internacional de vacina contra Febre Amarela. É verificado no Check-in no Brasil e na chegada a Kathmandu.
Higiene e saúde: Infelizmente, tratamento de água não é regra no Nepal. Fomos orientados a escovar os dentes com água mineral (mesmo em hotéis) e usar álcool gel sempre antes das refeições. Também por razões sanitárias, exceto em poucos restaurantes, não é indicado comer carne ou frutas e verduras frescas.
Moeda: A moeda nepalesa é a rúpia. Um real estava valendo em torno de 42 rúpias
Etiqueta: A mão esquerda é considerada impura (usada para higiene pessoal). Desta forma, para dar e receber qualquer coisa, deve-se usar a mão direita.
Fuso horário: GMT +05:45, ou seja, 8h45min a mais que o horário de Brasília

Outros posts da série:

1 - Como é !? Vão subir o Everest?
2 - Chegada à Kathmandu
3 - Explorando Kathmandu
4 - Kathmandu–Pashupatinah e Boudhanath
5 - Voando para um dos aeroportos mais extremos do mundo (Lukla)
6 - Começamos a jornada! Caminhada até Monjo
7 - Namche Bazaar
8 - No caminho para Thamo, a visita a monges budistas
9 - Rumo ao Everest Base Camp: chegamos aos 4000 metros
10 - Como as cargas são transportadas no Himalaia
11 - A caminhada continua. Rumo à Deboche
12 - Sol e esterco: fontes energéticas no Himalaia
13 - Os desafios continuam: caminhada até Dingboche
14 - Uma curta caminhada, lindas paisagens e um desafio
15 – Entrevista com Manoel Morgado
16 – Lobuche e o Memorial aos Sherpas mortos
17 – Quase Lá: Gorak Shep
18 – Kala Patthar: 5500m e a melhor visão do Everest
19 –  Acampamento Base do Everest:Objetivo conquistado
20 – Retorno do Acampamento Base do Everest – de Gorak Shep a Deboche
21 – Terminando a caminhada: de volta a Lukla

6 comentários:

  1. Gostei muito do post e adorei as fotos. Mas fiquei impressionada com o "enmaranhado" de fios!!! Uau! Bjs Claudia

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    1. Obrigado, Claudia
      A impressão é que grande parte da cidade precisa de uma grande "faxina". Muitas obras ainda inacabadas nas ruas e esses montes de fios que se repetem. Mas há muita coisa bacana também. Aguarde o próximo post.
      Abraços

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  2. Apesar da expectativa da chegada, a ansiedade sobre o trekking e de como seria o comportamento de um grupo de 20 pessoas em 21 dias de expedição e do caos da cidade, adorei Katmandu. Conhecer a capital do Nepal através do famoso "Manoel Morgado", nos levando a lugares incríveis e ensinando o máximo sobre a cultura hinduísta e filosofia budista... foi além da minha expectativa!

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    1. Isso! "Expectativa" foi a palavra-chave para o 1º dia em Kathmandu.

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  3. Ei Jodrian,
    Fiquei impressionada com a foto do poste totalmente enrolado por fiação elétrica.
    É sempre bom saber as recomendações de higiene e de etiqueta do local.
    Abraços,
    Lillian.

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    1. Pois é. Não queria trabalhar na manutenção desta fiação :).
      As preocupações sobre higiene devem ser levadas à sério mesmo.
      Abraço
      Jodrian

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