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Detalhe de uma fonte |
Chegamos de volta de Lukla bem no dia do Ano Novo Nepalês e soubemos que houve boas comemorações na véspera. De repente, saltamos de 2013 para 2070, conforme um dos calendários nepaleses, utilizado oficialmente – o Vikram Sambat.
Com aquele cansaço típico de quem chega de uma viagem longa, saímos para jantar no ótimo restaurante OR2K, com nossos companheiros Victor, Maia e Mônica. Bons papos e risadas relembrando o que passamos juntos, rumo ao Acampamento Base do Everest.
No dia seguinte, como último compromisso de nossa estadia no Nepal, todo o grupo saiu para visitar a cidade de Bhaktapur, que significa “A cidade dos devotos” (ou Kwopa, no idioma nepalês), situada a cerca de 16 km de Kathmandu.
Bhaktapur
Visitar Bhaktapur, assim como outros locais históricos do Nepal, é ter um contato intenso com a história,cultura, religião e arquitetura deste povo. Logo se percebe o bom nível de conservação dos monumentos, ao entrar na Durbar Square – ou praça do palácio real, existente em todas as cidades que foram sedes de reinos nepaleses. O conjunto de monumentos e edificações da Durbar Square, assim como em Kathmandu e Patan, faz parte do Patrimônio da Humanidade –
Unesco.
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Estátua do Rei Bhupatindra Malla |
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Monumentos religiosos |
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Caminhando à procura de um bom ângulo para
fotografar |
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Caminhar sem o trânsito intenso de motocicletas, riquixás e carros ajuda muito. Na Taumadhi Square, encontramos o Templo Nyatapola, na estrutura de pagode, com 5 telhados sobrepostos. Com 30 metros, é o mais alto de todo o vale.
Nas bases do templo, há estátuas de pedra representando pessoas, elefantes, leões, seres mitológicos e deuses. Conta-se que cada figura é dez vezes mais poderosa do que aquela imediatamente abaixo:
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Detalhe da escadaria do Templo
Nyatapola
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Como a religiosidade é algo presente e constante no Nepal, não é raro topar com algumas procissões. Andando pelas ruas da parte velha da cidade, de repente vemos um grupo com uma espécie de andor, mulheres com oferendas e homens tocando tambores e portando o chapéu formal, uma espécie de quepe chamado de Dhaka Topi. Não conseguimos descobrir qual era o motivo da devoção, mas estava tudo muito colorido e animado:
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Espécie de andor conduzido pelos fiéis |
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Oferendas |
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A turma do tambor. Todos compenetrados. |
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O arroz, símbolo de fartura, é muito usado em oferendas |
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Senhoras com suas oferendas |
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Os trabalhos em madeira são muito bonitos. Em toda parte vemos o capricho e a habilidade dos artesãos, traduzidos em fachadas de prédios e artesanatos. Difícil resistir à tentação de adquirir alguns exemplares em uma das inúmeras lojas nas ruas estreitas. Mais uma oportunidade de exercitar a milenar arte da barganha!
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Detalhes preciosos nas fachadas |
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Muito artesanato em madeira |
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Saímos um pouco da área turística e percorremos trechos da cidade velha. Prédios antigos e habitados, onde as restaurações e reformas não chegaram.
Turistas chegam e partem, mas o cotidiano segue, com o povo nepalês vivendo de maneira muito simples (e na probreza em grande parte).
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Outros posts da série
Comparado aos prédios públicos e antigos do Brasil o nível de preservação é impressionante. Sem contar está em contato com uma civilização como a Nepalesa . Com certeza, são momentos únicos e a vontade de voltar.
ResponderExcluirO turismo é reconhecido como importante para a economia nepalesa e Bhaktapur é um bom exemplo. Como você disse, o mergulho na cultura daquele país foi algo muito bom, nesta nossa viagem de aventura.
ExcluirGrande abraço
Ótimo post !! Pelo que tenho visto nos posts o Nepal é culturalmente riquíssimo e vale a pena visitar. Espero que esta minha visita não demore muito para acontecer.
ResponderExcluirUm abraço.
Muito bom o post Jodrian.
ResponderExcluirRealmente o Nepal é um lugar culturalmente riquíssimo e está nos meus planos ir para lá.
Um Abraço
Vale mesmo a pena, Erick. É uma aprendizado intenso :)
ExcluirAbração
Jodrian