domingo, 4 de agosto de 2013

Bhaktapur – A cidade dos devotos


Detalhe de uma fonte
Detalhe de uma fonte
Chegamos de volta de Lukla bem no dia do Ano Novo Nepalês e soubemos que houve boas comemorações na véspera. De repente, saltamos de 2013 para 2070, conforme um dos calendários nepaleses, utilizado oficialmente – o Vikram Sambat.

Com aquele cansaço típico de quem chega de uma viagem longa, saímos para jantar no ótimo restaurante OR2K, com nossos companheiros Victor, Maia e Mônica. Bons papos e risadas relembrando o que passamos juntos, rumo ao Acampamento Base do Everest.

No dia seguinte, como último compromisso de nossa estadia no Nepal, todo o grupo saiu para visitar a cidade de Bhaktapur, que significa “A cidade dos devotos” (ou Kwopa, no idioma nepalês), situada a cerca de 16 km de Kathmandu.

Bhaktapur

Visitar Bhaktapur, assim como outros locais históricos do Nepal, é ter um contato intenso com a história,cultura, religião e arquitetura deste povo. Logo se percebe o bom nível de conservação dos monumentos, ao entrar na Durbar Square – ou praça do palácio real, existente em todas as cidades que foram sedes de reinos nepaleses. O conjunto de monumentos e edificações da Durbar Square, assim como em Kathmandu e Patan, faz parte do Patrimônio da Humanidade – Unesco.

Estátua do Rei Bhupatindra Malla
Estátua do Rei Bhupatindra Malla
Templo em Bhaktapur
Monumentos religiosos

Bhaktapur
Caminhando à procura de um bom ângulo para
fotografar
Bhaktapur 3

Caminhar sem o trânsito intenso de motocicletas, riquixás e carros ajuda muito. Na Taumadhi Square, encontramos o Templo Nyatapola, na estrutura de pagode, com 5 telhados sobrepostos. Com 30 metros, é o mais alto de todo o vale.

Nas bases do templo, há estátuas de pedra representando pessoas, elefantes, leões, seres mitológicos e deuses. Conta-se que cada figura é dez vezes mais poderosa do que aquela imediatamente abaixo:

Templo Nyatapola 2
Detalhe da escadaria do Templo  Nyatapola
Como a religiosidade é algo presente e constante no Nepal, não é raro topar com algumas procissões. Andando pelas ruas da parte velha da cidade, de repente vemos um grupo com uma espécie de andor, mulheres com oferendas e homens tocando tambores e portando o chapéu formal, uma espécie de quepe chamado de Dhaka Topi. Não conseguimos descobrir qual era o motivo da devoção, mas estava tudo muito colorido e animado:

Procissão em Bhaktapur 2
Espécie de andor conduzido pelos fiéis
Oferenda em procissão
Oferendas
Procissão em Bhaktapur
A turma do tambor. Todos compenetrados.
Oferenda de arroz
O arroz, símbolo de fartura, é muito usado em oferendas
Procissão em Bhaktapur 3
Senhoras com suas oferendas
Os trabalhos em madeira são muito bonitos. Em toda parte vemos o capricho e a habilidade dos artesãos, traduzidos em fachadas de prédios e artesanatos. Difícil resistir à tentação de adquirir alguns exemplares em uma das inúmeras lojas nas ruas estreitas. Mais uma oportunidade de exercitar a milenar arte da barganha!

Detalhes em madeira nas fachadas
Detalhes preciosos nas fachadas
Artesanato em madeira
Muito artesanato em madeira

Bhaktapur 4
Saímos um pouco da área turística e percorremos trechos da cidade velha. Prédios antigos e habitados, onde as restaurações e reformas não chegaram.

Turistas chegam e partem, mas o cotidiano segue, com o povo nepalês vivendo de maneira muito simples (e na probreza em grande parte).

Pobreza

   Outros posts da série


1 - Como é !? Vão subir o Everest?
2 - Chegada à Kathmandu
3 - Explorando Kathmandu
4 - Kathmandu–Pashupatinah e Boudhanath
5 - Voando para um dos aeroportos mais extremos do mundo (Lukla)
6 - Começamos a jornada! Caminhada até Monjo
7 - Namche Bazaar
8 - No caminho para Thamo, a visita a monges budistas
9 - Rumo ao Everest Base Camp: chegamos aos 4000 metros
10 - Como as cargas são transportadas no Himalaia
11 - A caminhada continua. Rumo à Deboche
12 - Sol e esterco: fontes energéticas no Himalaia
13 - Os desafios continuam: caminhada até Dingboche
14 - Uma curta caminhada, lindas paisagens e um desafio
15 – Entrevista com Manoel Morgado
16 – Lobuche e o Memorial aos Sherpas mortos
17 – Quase Lá: Gorak Shep
18 – Kala Patthar: 5500m e a melhor visão do Everest
19 –  Acampamento Base do Everest:Objetivo conquistado
20 – Retorno do Acampamento Base do Everest – de Gorak Shep a Deboche
21 – Terminando a caminhada: de volta a Lukla

5 comentários:

  1. Comparado aos prédios públicos e antigos do Brasil o nível de preservação é impressionante. Sem contar está em contato com uma civilização como a Nepalesa . Com certeza, são momentos únicos e a vontade de voltar.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O turismo é reconhecido como importante para a economia nepalesa e Bhaktapur é um bom exemplo. Como você disse, o mergulho na cultura daquele país foi algo muito bom, nesta nossa viagem de aventura.
      Grande abraço

      Excluir
  2. Ótimo post !! Pelo que tenho visto nos posts o Nepal é culturalmente riquíssimo e vale a pena visitar. Espero que esta minha visita não demore muito para acontecer.
    Um abraço.

    ResponderExcluir
  3. Muito bom o post Jodrian.

    Realmente o Nepal é um lugar culturalmente riquíssimo e está nos meus planos ir para lá.

    Um Abraço

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vale mesmo a pena, Erick. É uma aprendizado intenso :)
      Abração
      Jodrian

      Excluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...